segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Alimentação Elétrica sem fio está mais perto


Final de ano, preparação para as férias.
Faço minhas malas, e por último vão meus gadgets – com seus carregadores.
Carregador do notebook, celular, vídeogame portátil… um número muito maior do que eu gostaria.
Alguns fabricantes já tentaram convergir todos os seus carregadores para uma interface USB, mas alguns aparelhos têm a interface mas não podem ser carregados por esta interface.

Mas isto está mais próximo do fim.
Há algum tempo, foi anunciado na Intel Developer Conference o primeiro projeto de Alimentação sem fio , o que despertou interesse da indústria de eletrônicos.
Mas é preciso haver uma padronização para isso, e a indústria acabou de dar mais um passo nesta direção.

O Wireless Power Consortium, formado por 8 empresas (ConvenientPower, Fulton Innovation, Logitech, National Semiconductor, Philips, Sanyo, Shenzhen Sang Fei Consumer Communications e Texas Instruments) acaba de anunciar na primeira WPC Conference as primeiras tentativas de formar um padrão para apenas uma fonte carregar vários aparelhos ou um mesmo aparelho poder ser carregado através de várias fontes.

Segundo Jon Kiachan, presidente da divisão de eletrônicos portáteis da National Semiconductors, acha que “a padronização têm a capacidade de eliminar uma quantidade enorme de carregadores e fios dos portáteis. Isto vai aumentar a conveniência ao consumidor e economizar recursos do planeta”.

Agora, uma coisa que eu gostaria de saber: este papo todo de facilitar é muito bonito, mas será que os fabricantes vão mesmo deixar de vender seus cabos proprietários, para ganhar ainda mais?
Eu não vejo a hora de poder logo jogar os carregadores num canto escuro.

(Revista Geek)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Feliz Natal


Muita paz, felicidade e saúde para todos que estão envolvidos no Curso Betel.

Meu primeiro notebook

Antes da compra, é bom saber para que tarefas o computador será usado e procurar uma configuração equilibrada para seu perfil e seu bolso

Rio - Marca e modelo do processador, quantidade de memória RAM, capacidade do disco rígido (HD), tamanho da tela de LCD, tempo de autonomia da bateria, sistema operacional. O que é mais importante na hora de comprar um notebook? A pergunta atormenta consumidores que pensam em investir o 13º num computador portátil. Se você escolheu apenas uma das opções, está enganado.

Segundo as fabricantes de processadores Intel e AMD, o consumidor deve buscar uma configuração equilibrada e que atenda suas necessidades. Ou seja, antes de fechar negócio, vale a pena avaliar o equipamento como um todo e ter mente o que se espera da máquina. “Às vezes o consumidor compra um equipamento com configuração baixa e depois se arrepende. Com 512 de RAM, por exemplo, ele não vai usufruir de todos os recursos do Windows Vista”, explica Marcelo Gonçalves, gerente de produto da Intel para América Latina. O resultado é que o consumidor acaba se decepcionando. Optar por uma configuração desequilibrada, como um processador topo de linha, pouca memória RAM e HD pequeno, também pode resultar em frustração. “É preciso balancear a máquina. Não adianta comprar um Dual Core com pouca memória RAM”, avalia Roberto Brandão, gerente técnico da AMD.

Ao contrário dos desktops, os notebooks são menos flexíveis, o que leva os fabricantes a buscar configurações para usuários iniciantes, intermediários e avançados. Cada fabricante oferece uma família de processadores para cada um desses perfis. Em ordem crescente de performance e preço, são eles: Celeron, Pentium Dual Core e Core 2 Duo, da Intel; Sempron, AThlon 64 x 2 e Turion X2, da AMD.

Pensar que a velocidade do clock por si só é sinônimo de melhor performance também é um engano. As novas arquiteturas de processadores derrubaram essa idéia. “Um processador de 2GHz feito com tecnologia de 45 nanômetros é de 15% a 30% mais rápido do que um de 2GHz e 65 nanômetros”, explica Marcelo Gonçalves.

O tempo de bateria também é vital, principalmente para quem busca mobilidade. Vários fatores interferem no consumo. O processador responde em média por 15% do gasto de energia. Quanto maior o clock, maior o gasto. Por outro lado, quanto mais memória RAM, menor o consumo. “A diferença é menor quando se compara máquinas com 3GB e 4GB de RAM, mas significativa se a comparação for entre 1GB e 2GB”, diz o especialista da AMD. Trocar o HD por memória SSD também reduz o consumo; contudo, memórias SSD são até 15 vezes mais caras. É bom lembrar que notebooks com mais bateria acabam ficando mais pesados. Alguns chegam a abrir mão do drive de DVD a fim de dar espaço para uma bateria sobressalente. As mais modernas são de íon-lítio. Melhor evitar as do tipo NiMH, que são sujeitas ao efeito memória.

Alguns itens já são padrão, como entradas USB (para pendrives e outros spositivos), gravador de DVD e conexão Wi-Fi. Atenção aos padrões: 80211.b e 80211.g são homologados e aceitos internacionalmente. Já o 802.11n, que tem maior alcance e pode ser até 5 vezes mais rápido, ainda não. Um notebook que só tenha 802.11n pode ficar sem acesso à Internet.

Quem é quem no PC

O ideal é que o consumidor conheça os componentes principais do equipamento e suas funções, encontre o seu perfil de usuário e depois escolha o notebook. E para isso não é preciso ser especialista. Vamos a eles. O processador é o cérebro do computador. Sua performance depende não apenas da velocidade de processamento, mas de outros componentes, como memória RAM e HD. É na memória RAM que são carregados os programas em execução e os dados. A memória RAM é volátil, ou seja, as informações são perdidas quando o computador é desligado. Para gravar as informações é preciso um suporte não voltátil, como o disco rígido. “Um computador menos de 2GB de memória RAM e 120 GB de disco pode não ser suficiente daqui a um ou dois anos. O consumidor deve avaliar se não é melhor gastar um pouco mais nas prestações e ter um equipamento com mais tempo de vida útil”, analisa Marcelo Gonçalves, gerente de produto da Intel para América Latina. Vale lembrar que fazer upgrades em notebooks é mais complicado e caro do que em desktops.

O consumidor também deve ficar atento para não levar netbook, como Asus EeePC e Positivo Mobo, no lugar do notebook. Às vezes anunciados como notebooks ou laptops, essas máquinas são projetadas para tarefas básicas e acesso à Internet, e podem acabar decepcionando quem espera um equipamento completo.


(Marcos Mendes - Jornal O Dia)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

RPG 'The witcher' terá versão para Xbox 360 e PlayStation 3 em 2009

Jogo foi lançado originalmente em 2007 para PCs.
Game é desenvolvido pela CD Projekt e distribuído pela Atari.




Planta amazônica pode conter chave para droga contra dengue


Pesquisadoras brasileiras usaram a unha-de-gato para combater a doença.
Estudo segue sob sigilo com a aplicação de outras espécies.

Morar em um país tropical possui as suas vantagens. Mas o clima quente e as condições geográficas que propiciam aproveitar o sol na praia ou viver cercado pela natureza o ano inteiro também favorecem o aparecimento de algumas epidemias. No Brasil, a combinação de calor mais chuva se tornou um alerta contra a dengue. Mas pesquisadoras brasileiras descobriram que o combate à doença pode vir das nossas próprias matas tropicais. Especificamente, a Amazônia pode conter a solução.

Claire Kubelka, Sônia Reis e equipe, do Laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), utilizaram um modelo inédito no Brasil para avaliar o potencial farmacêutico de compostos naturais para o controle da dengue. As cientistas empregaram a planta Uncaria tomentosa, popularmente conhecida como unha-de-gato, para obter um resultado positivo contra a doença.

Elas infectaram in vitro monócitos -- um tipo de célula sangüínea que pode apresentar problemas para pacientes na fase aguda da doença -- com o vírus da dengue do tipo 2. “Poderia ser de qualquer tipo”, conta Reis. Em seguida, estudaram o efeito de três amostras da planta no combate ao vírus.

As amostras foram extraídas da casca do caule da unha-de-gato: um extrato bruto, uma enriquecida com alcalóide -- composto natural com atividade farmacológica -- e outra sem essa substância. “O resultado mais promissor obtivemos das amostras enriquecidas com alcalóide. Percebemos uma ação antiinflamatória e antiviral”, diz a pesquisadora.

O trabalho mostrou uma diminuição de até 19% da replicação de substância nociva que estimula a produção de anticorpos dentro das células tratadas com a planta.

Todos por um


“Praticamente todos os outros estudos anteriores usaram células de uma única linhagem, o que gera sempre a mesma reação à substância”, conta Reis. No atual trabalho, as células estudadas são de pessoas diferentes. “Procuramos reproduzir no laboratório a diversidade de reações que de cada organismo possui contra dengue, como acontece na vida real.”

As células do sistema imunológico de algumas pessoas produzem uma quantidade muito grande de citocinas -- proteínas relacionadas à gravidade da doença --, o que leva a quadros graves e à morte. Os alcalóides inibem a produção delas. Agora, as pesquisadoras buscarão entender se os alcalóides foram os responsáveis pelo combate ao vírus ou se foi uma ação simultânea entre substâncias envolvidas.

Bonito por natureza


A unha-de-gato é empregada para finalidades medicinais na Amazônia. A planta possui efeitos imunomoduladores -- que alteram o curso da doença -- e antiinflamatórios já comprovados cientificamente. “Mas ela está patenteada, por isso nosso próximo passo será estudar outras plantas também brasileiras”, conta Reis.

As cientistas acreditam que podem encontrar espécies ainda mais eficazes. “Temos uma flora diversificada”, afirma Reis. Porém, quais substâncias serão estudadas seguem sob sigilo.

Apesar dos resultados positivos, as pesquisadoras alertam: “Não se deve utilizar a unha-de-gato como tratamento contra a dengue. A pesquisa ainda está no início, desconhecemos os efeitos colaterais”. Todas as diversas substâncias precisarão passar por muitos testes antes de chegarem à população.

A ausência de medicamentos específicos é um dos principais desafios dos pesquisadores. O tratamento hoje em dia consiste em amenizar os sintomas da infecção. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 20 mil pessoas -- de 50 milhões a 100 milhões que se infectam por ano -- morrem devido à dengue em mais de cem países. No Brasil, atualmente cinco municípios estão em estado de risco de ocorrência de surto de dengue e outros 71, entre eles 14 capitais, em alerta.

Como comprar um novo Mac



Com a proximidade do Natal, um novo Mac pode fazer parte da sua lista de compras. É um bom momento, já que a Apple atualizou a maioria dos seus modelos recentemente, com maior ênfase nos notebooks . Aqui vão as nossas dicas para comprar os Macs da linha atual, numa atualização das regras para comprar seu Mac .

Quando a Apple entrou na era Intel, os sistemas mais básicos como o iMac viraram máquinas poderosas, graças às tecnologias dual-core. Agora, quase todo Mac serve para uso geral, até mesmo para os profissionais. Quem precisa de desempenho encontra uma solução nos iMac topo de linha e o MacBook Pro, mas rápidos.

Até mesmo o Adobe Photoshop, que muita gente prefere rodar em sistemas high-end, funciona bem em qualquer Mac (a não ser, claro, que você precise editar um arquivo gigante).

Se você é um dono de PC com Windows migrando para o Mac, pode ficar frustrado pelo fato de quase nenhuma máquina da Apple ter uma maior flexibilidade para upgrade de componentes. Em um PC, você pode trocar a placa de vídeo, disco rígido e até a placa-mãe e o processador com certa facilidade.

No Mac, esse tipo de mudança é pouco comum. Não dá para trocar o processador de um Mac, são poucas as placas de vídeo compatíveis com Mac no mercado e, para dizer a verdade, os Macs não têm um espírito faça você mesmo comuns ao PC. Com as atualizações de hardware, você teoricamente afasta seu computador da obsolescência. No Mac, você pode fazer isso com o Mac Pro.

Por outro lado, é muito fácil instalar um novo disco rígido em um MacBook ou MacBook Pro , e o upgrade de RAM na maioria dos Macs é uma tarefa simples.

No passado, você precisava de um Mac super-veloz para rodar o Windows mais lento da sua vida, com software de emulação. Um dos maiores benefícios doa migração para Intel foi permitir instalar o Windows por completo no Mac, graças ao software Boot Camp, da Apple.

Entretanto, se você quer usar o Mac OS X ao mesmo tempo que o Windows, precisa de software de virtualização, como o Parallels Desktop ou o VMWare Fusion . Ao rodar OS X e Windows simultâneos, você precisa de mais memória RAM ela é um fator muito importante no Mac para rodar software de virtualização, e quanto mais, melhor.

Dito isso, todos os Macs atuais rodam Windows muito bem para uso moderado. Até mesmo o MacBook Air, com seus 2 GB de RAM.

Desktop ou laptop?
No passado, desktops tinham vantagens sobre os notebooks: melhor performance, mais possibilidade de expansão, tela grande, teclado e mouse.

Hoje, as linhas Mac mini (que não é atualizado desde 2007) e iMac usam as mesmas versões portáteis dos processadores Intel e memória que as linhas MacBook velocidade de processador não é mais o fator de decisão. É verdade que os desktops são mais rápidos que os notebooks, mas não por muita diferença.

Com isso (e preços à parte), a única razão para escolher entre desktop ou notebook é a mobilidade o laptop te dá mais flexibilidade que nenhum desktop pode.

E, quando você quer trabalhar no escritório, sentado à frente da mesa, os notebooks da Apple também são uma alternativa. Todos os notebooks da marca podem ser conectados a monitores externos com resolução de até 2.560 x 1.600 pixels, incluindo o monitor Cinema Display, da Apple, com 30. A tela de 17 do MacBook Pro é tão grande que você nem precisa de outro monitor.

O mesmo vale para dispositivos de entrada e de expansão. Pela porta USB, você conecta um teclado externo e mouse, ou até mesmo sem fios via Bluetooth (padrão em todos os Macs). E as portas dos MacBooks (USB em todos, e FireWire 800 e ExpressCard no MacBook Pro) resolvem questões de armazenamento externo e transferência de dados entre dispositivos.

Afinal, que Mac eu devo comprar?
Para a grande parte dos usuários até mesmo os power users, recomendamos o iMac. Embora as especificações técnicas do Mac Pro sejam melhores, o iMac tem recursos pro. Com processador dual-core, bastante memória RAM e diversas portas USB e FireWire, ele é uma ótima opção para quem quer comprar seu primeiro Mac.

Quem procura mobilidade deve considerar o MacBook e o MacBook Pro , dependendo de quanto pode gastar. Os notebooks têm poder de fogo como nunca tiveram antes, e ainda funcionam bem em cima da mesa do escritório ou no sofá do café. O MacBook Air é uma alternativa para quem procura maior mobilidade.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sistema livre criado em SC 'imita' Windows e faz sucesso

Guaramirim - Um sistema operacional livre produzido numa pequena cidade de Santa Catarina vem fazendo sucesso entre os internautas. O BRLIX já conta com cerca de 13 milhões de downloads em todo o mundo, menos de um mês depois de seu lançamento.

Criado por professores e alunos da Faculdade Metropolitana de Guaramirim (FAMEG), município de 30 mil habitantes localizado a cerca de 170 quilômetros de Florianópolis, o BRLIX GNU/Linux é a chamada "seqüência" de um projeto de pesquisa chamado FAMELIX, que já contou com 26 milhões de downloads em cinco idiomas.

O novo projeto, desenvolvido pela mesma equipe, conta com uma interface e recursos muito semelhantes ao Windows Vista. E nasceu com o objetivo de auxiliar no combate à pirataria e na inclusão digital de comunidades, segundo o professor David Emmerich Jourdain, alemão radicado no Brasil e um dos criadores do sistema.

"Vivemos diante de uma geração Windows. Muitas pessoas não conseguiram se familiar ao Linux devido aos seus comandos serem muito distintos", afirma. "Com o nosso software, utilizamos interfaces muito semelhantes, para que o usuário possa optar por softwares livres de forma natural".

O painel de controle e suas principais funções, o acesso às pastas e arquivos do computador e até a apresentação são realmente quase idênticos ao software da Microsoft. "Não competimos com o Windows, conhecido por 90% dos usuários de todo o mundo. Nos adaptamos para criar uma plataforma livre e convencer o usuário", diz o professor. "A diferença é que o BRLIX é de graça".

Segundo David, o software brasileiro apresenta alternativas que facilitam o aprendizado, além de permitir que usuários que já conhecem o Vista ou o XP não se sintam "perdidos" no novo sistema operacional. "Além de atender as necessidades da maioria dos usuários, o BRLIX pode reduzir sensivelmente os custos de iniciativas de inclusão digital, por exemplo, evitando o alto investimento em softwares proprietários", acrescenta.

Emmerich e os alunos criaram uma empresa, a Epidemus, para gerenciar a demanda do produto no mercado e continuar as pesquisas dentro da universidade. Eles já receberam boas notícias: redes de lojas como as Casas Bahia, no estado do Ceará, começaram a instalar o sistema nos notebooks vendidos na região. Contatos com fabricantes de computadores e celulares também estão sendo realizados, revela o professor, que se denomina anti-Windows por "ideologia".

O BRLIX chegou a derrubar um servidor da Universidade de São Paulo diante de quantidade de downloads de usuários. "Conseguimos que o governo de Santa Catarina nos cedesse um servidor para que os usuários baixem o sistema", explica.

"Não víamos muito sentido num projeto desenvolvido em nosso Estado estar disponível para download somente em servidores da USP", diz Paulo Luna, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da secretaria de Desenvolvimento Sustentável do estado catarinense. "Como temos grande interesse na área tecnológica, passamos a apoiar o projeto".

O BRLIX, que tem como símbolo uma arara azul, está disponível para dowload no site www.brlix.com.

A semelhança no nome com Asterix, o fanfarrão herói dos quadrinhos, não é mera coincidência. "Somos como os gauleses que arrumavam encrencas com todos os grandes impérios", brinca Emmerich.

As informações são do Terra

domingo, 23 de novembro de 2008

Nasa inicia testes para internet interplanetária

A Nasa (agência espacial norte-americana) informou que conduziu com sucesso o primeiro teste de uma nova rede de comunicações espaciais baseada na internet. De acordo com a agência, a idéia é criar uma internet interplanetária.

"Esse é o primeiro passo para criar um sistema totalmente novo de comunicações no espaço, uma internet interplanetária", afirma Adrian Hooke, gerente de arquitetura de comunicações espaciais. Engenheiros do JPL (Jet Propulsion Laboratory) utilizaram um sistema chamado Disruption-Tolerant Networking (DTN) para transmitir dezenas de imagens do espaço para uma sonda que está a 32 milhões de km da Terra --as imagens também "viajaram" no caminho inverso.

O sistema, que deve ser capaz de contornar problemas como atrasos, interrupções e quedas na conexão no espaço, foi desenvolvido em parceria com Vint Cerf, um dos "pais" da internet, que atualmente é vice-presidente do Google.

De acordo com a Nasa, o DTN utiliza um sistema diferente do TCP/IP, conjunto de protocolos de comunicação que regulam o funcionamento básico da internet. O DTN não prevê um fluxo contínuo dos dados da conexão de acordo com a agência, falhas podem ocorrer quando uma sonda passa por trás de um planeta.

Pelo sistema, é possível enviar dados a Marte com tempo entre 3,5 minutos e 20 minutos. "Hoje, a equipe precisa agendar manualmente cada link e gerar todos os comandos para especificar que dados enviar, quando enviar e para onde enviar", afirma Leigh Torgerson, gerente do DTN Experiment Operations Center no JPL. "Com a padronização do DTN, isso pode ser feito automaticamente."

A agência afirma que a "internet planetária" pode permitir novos tipos de comunicações no espaço, incluindo vôos complexos envolvendo várias sondas e garantir uma comunicação confiável com astronautas na Lua.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Aplicativo do iPhone permite buscas no Google via comando de voz

Por enquanto, ferramenta do Google ainda não está disponível no Brasil.
Usuário só precisa falar o que busca, em inglês, para ver resultados na tela.

O Google passou a oferecer nesta semana, aos usuários do iPhone nos Estados Unidos, um aplicativo de busca por voz. Com esse dispositivo, os resultados exibidos na tela do celular são iguais aqueles que apareceriam caso a palavra fosse digitada na caixa de buscas. Com a diferença que o usuário só precisa falar o termo que procura.

Segundo o engenheiro Mike LeBeau, da equipe de desenvolvimento do projeto, o objetivo é realizar buscas de forma mais rápida, com menos uso de botões.

A novidade está disponível somente em inglês dos Estados Unidos e ainda não é oferecida na App Store (loja de aplicativos da Apple) para usuários do iPhone no Brasil.

“Quando o aplicativo está rodando, você não tem de apertar nenhum botão para fazer buscas. Apenas segure o iPhone próximo à orelha, ouça o bipe e diga o que você está procurando”, explicou o Google, no texto de divulgação da ferramenta gratuita.

Também nos Estados Unidos, o aplicativo consegue identificar a localização do usuário do iPhone, relacionando a busca com a região. Se alguém de São Francisco disser “sessão de cinema”, os resultados serão referentes às salas de cinema dessa cidade. Os links apresentados mudam, se o usuário estiver em Nova York.

Engenheiro Mike LeBeau mostra as funcionalidades do novo aplicativo, que identifica regiões onde estão usuários dos EUA. (Foto: Reprodução )

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

USB 3.0 consegue transferir 25 GB em 70 segundos


Durante o Windows Hardware Engineering Conference (WinHEC) em Los Angeles, a Microsoft revelou as especificações da tecnologia USB 3.0, que serão totalmente mostrados na conferência SuperSpeed USB Developers, no dia 17 de novembro, em San Jose, Costa Rica.

A próxima geração de dispositivos USB, chamada 3.0, terá transferência de 5 Gigabits por segundo. A tecnologia deve chegar aos consumidores nos próximos dois anos eserá compatível com as versões 2.0 (padrão atual) e 1.1.

"A informática e os periféricos do futuro vão usar cada vez mais recursos visuais e consumir mais banda de transferência. O USB 3.0 é a resposta para isso", afirmou o Gerente de Negócios da AMD.

Enquanto a desenvolvimento do hardware está bem emcaminhado, a Microsoft trabalha para deixa a tecnologia compatível com os seus sistemas operacionais

"O nosso time de desenvolvedores está analisando qual sistema operacional suportará o USB 3.0. Nossa idéia é que a tecnologia seja compatível com a última versão do Windows Vista", explica Lars Giusti, diretor de desenvolvimento da MS.

Abaixo, uma comparação de performance de transferência de um filme em alta-definição, com 25 GB.

USB 1.1: 9.3 horas

USB 2.0: 13.9 minutos

USB 3.0: 70 segundos

Eletropaulo quer comercializar 'internet elétrica' no início de 2009

Tecnologia transforma tomadas domésticas em pontos de acesso.
Empresa investiu R$ 20 milhões para implantar essa tecnologia.

A AES Eletropaulo Telecom, subsidiária de infra-estrutura da distribuidora de energia de mesmo nome, discute com operadoras de telefonia os primeiros negócios para iniciar a oferta comercial de banda larga pela rede elétrica no primeiro trimestre de 2009.

A companhia de telecomunicações investiu R$ 20 milhões para implantar a tecnologia conhecida como Broadband Powerline (BPL), que permite o tráfego de dados em alta velocidade pela rede de energia. Com ela, cada tomada de uma casa pode passar a ser um ponto de rede, sem a necessidade de passar fios ou quebrar paredes, bastando conectar um modem na saída de energia.

Várias empresas de energia vêm testando o acesso à web pela rede elétrica, mas a regulamentação por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) só agora começa a dar seus primeiros passos.

Por isso, como explicou a diretora-geral da AES Eletropaulo Telecom, Teresa Vernaglia, a empresa implantou a estrutura, mas a condição para expandir o investimento "é ter a regulamentação", algo que ela espera que já tenha ocorrido até o primeiro trimestre do ano que vem.

Segundo a executiva, a tecnologia BPL, também conhecida por PLC (de Powerline Communication), é avaliada pela companhia há dois anos como forma de expandir a capilaridade da rede. "Os clientes nos pedem essa alternativa", disse ela a jornalistas nesta quinta-feira.

Hoje a rede da Eletropaulo Telecom tem 2 mil quilômetros de extensão em fibras ópticas cobrindo 4,5 milhões de domicílios e mais de 700 mil empresas na Grande São Paulo, mesma região onde está a distribuidora de energia.

Em novembro do ano passado a companhia ativou 20 prédios na região de Moema, na capital paulista, onde estão concentrados 1 mil domicílios. Hoje, 300 prédios estão ativados, com 15 mil domicílios "iluminados" pela fibra óptica. A companhia distribui o sinal de internet da fibra ótica por cabos de energia da rede de baixa tensão que, por sua vez, chega até cada tomada elétrica dos clientes.

Modelo de negócio

Como explicou a executiva, a Eletropaulo Telecom "vai manter o modelo de negócios atual", ou seja, só irá fornecer a infra-estrutura para operadoras e provedores e não vender para o consumidor final.

"Não temos intenção de competir com nossos clientes", disse ela. Por isso, a idéia é que as próprias operadoras comercializem esse tipo de acesso aos usuários.

Na avaliação de Teresa, o custo do BPL é competitivo com outras tecnologias de banda larga, como cabo, ADSL e WiMax, mas o preço para o consumidor vai ser política de cada operadora. Ela citou a facilidade de instalação e a rapidez no atendimento a novos clientes como diferenciais importantes dessa nova alternativa.

A rede pode chegar ao cliente de duas formas: através de um equipamento colocado no poste de transmissão de energia elétrica para que a fibra óptica seja distribuída na rede de baixa tensão ou através do próprio medidor de energia de um prédio, quando a fibra chegar até ele.

Segundo Teresa, os equipamentos instalados nos medidores de energia e os modems já estão homologados pela Anatel. A nova regulamentação da agência, explicou ela, vai permitir também a homologação do equipamento que vai no poste, o que facilitará a disseminação do serviço a um número muito maior de pessoas.

De acordo com a diretora, "nesse um ano de testes, não temos nenhum registro de interferência no sinal de internet, como costumava ocorrer anos atrás no início do uso do PLC”. Caso essas interferências ocorram em alguns casos, no uso simultâneo de aparelhos eletrodomésticos e acesso à internet, afirmou ela, existem filtros para as tomadas que corrigem o problema.

Capacidade
Teresa afirmou que o fato de oferecer essa infra-estrutura em uma região como a Grande São Paulo, onde existem outras alternativas, não tira o seu apelo porque "isso não quer dizer que a região está bem atendida".

Segundo ela, na região existem muitos bairros onde a capacidade das operadoras já está sobrecarregada, como Granja Viana, Morumbi, Alphaville e Alto da Boa Vista. Nesses casos, as operadoras ganham uma opção para atender ao público sem quebrar paredes ou ter de fazer novos investimentos em infra-estrutura, disse ela.

A banda larga pela rede elétrica é alvo de testes no Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e em localidades de periferia, como Barreirinhas, no Maranhão.

Tectoy anuncia novo videogame 100% brasileiro


Zeebo será lançado em julho de 2009 por R$ 599.
Jogos do console serão vendidos por download em loja virtual.

A Tectoy anunciou nesta quarta (12) o lançamento de um videogame 100% brasileiro, que deve chegar oficialmente ao mercado em julho de 2009. O Zeebo será fabricado em Manaus, tem previsão de preço de R$ 599, virá acompanhado de um controle e seis jogos na memória: "Fifa", "Brain challenge", Super action hero", "Prey evil", "Need for speed" e "Quake".

O videogame vai se conectar gratuitamente a uma rede própria (ZeeboNet) através de conexões 3G ou Edge (de telefonia celular), e a partir de então o jogador poderá comprar os jogos, que serão transferidos por download. Antes, porém, é preciso se cadastrar e comprar a moeda virtual (Z-Credits) - seja por boleto bancário, cartão de crédito, débito bancário ou cartões pré-pagos. Os créditos serão descontados do cadastro conforme o usuário comprar os jogos.

O preço dos games vai de R$ 9,90 (catálogo) a R$ 29,90 (lançamentos especiais), e também será possível baixar gratuitamente versões de demonstração de alguns games.

A previsão da Tectoy é que até março de 2009 existam 19 jogos no catálogo do Zeebo, número que pode chegar a 51 até dezembro.

Fernando Fischer, diretor-executivo da empresa, diz que o objetivo é fazer do Zeebo a quarta plataforma do mercado, dividido atualmente entre Xbox 360 (Microsoft), Wii (Nintendo) e PlayStation (Sony).

Fernando deixa claro que uma das prioridades da Tectoy é conscientizar o consumidor contra a pirataria. Os jogos do Zeebo não podem ser copiados para outras mídias, nem transferidos de um videogame para outro.

Produtoras como Electronic Arts, Namco, Capcom, Activision, Sega e id estão na lista de parceiros na produção de jogos para o videogame.

O foco da empresa, no entanto, não é o jogador "hardcore", mas o público jovem da classe média que começa a ter contato com os games. Depois de ser lançando no Brasil, o Zeebo será licenciado para outros países, com prioridade para os "mercados emergentes", segundo a empresa.

Reinaldo Normand, gerente-geral da Tectoy Mobile, diz que a qualidade gráfica dos jogos pode se aproximar do padrão de PlayStation 2 - mas sem as "cutscenes", trechos renderizados em computação gráfica. No catálogo de jogos previstos para março de 2009 aparecem clássicos como "Double dragon", "Virtua tennis", "Ridge racer" e "Quake II".

O Zeebo receberá atualizações gratuitas, que serão enviadas ao jogador através de download. O videogame vai ganhar tocadores de música e vídeo, além de um controle com acelerômetro, que vai reconhecer os movimentos do jogador. O aparelho tem entradas USB e para cartão SD. Segundo Normand, também é possível que clássicos da Sega, parceira da Tectoy há 21 anos, sejam refeitos especialmente para o console.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tênis carregador de celular é atração em feira de ciências escolar

As engenhocas criadas por estudantes de escolas técnicas foram exibidas ao respeitável público ontem com abertura da feira de ciências Projetec Rio 2008. Simples ou mirabolantes, as invenções chamaram a atenção dos mais de 5 mil visitantes que foram à Escola Técnica Visconde de Mauá, em Marechal Hermes. João Victor Pedrosa, 19 anos, pensou na invenção perfeita para quem fala muito ao celular e fica na mão quando a bateria acaba. Agora, com o Tênis Carregador de Celular é só plugar, andar e falar. “A energia gerada enquanto eu ando é transformada em energia elétrica para carregar o aparelho. Só uni o útil ao agradável, explica o estudante de eletrônica da Escola Técnica Electra, também criador do volante que desperta motorista sonolento.

Outra invenção que orgulhava os professores era o Same, Sistema de Auxílio Médico de Emergência. Segundo colocado na 23ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia com representantes de 17 países, o projeto foi desenvolvido para auxiliar socorristas. “Criamos um leitor de impressão digital que dará toda a informação necessária sobre o acidentado, como foto, tipo sangüíneo e alergias. Assim, será possível evitar lesões por demora ou erro de atendimento”, orgulha-se Bruno do Amaral, 19, um dos alunos da Escola Técnica Rezende-Rammel. A feira vai até amanhã, entre 14h e 21h.

(Jornal O Dia Online)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Emprego: um currículo vencedor está ao seu alcance

Mas o visual, embora importante, está longe de ser tudo. O visual pode ser eliminatório, mas é o conteúdo que é classificatório, e faz a diferença entre os currículos que vão para o cesto de reciclagem, o banco de talentos ou a lista selecionada para a entrevista.

E é por isso que hoje vamos ver 8 dicas para aperfeiçoar o conteúdo de seu currículo em poucos minutos. Vamos a elas:

O que escrever no currículo

Partindo do seu currículo atual, já de boa qualidade e criado pessoalmente ou com um modelo de currículo, eis os pontos de atenção para melhorá-lo:

  1. Apresente resultados, e não só responsabilidades
    Sim, você foi o responsável pela área tal, e coordenou o grupo de trabalho XYZ. Mas o que você realizou enquanto estava por lá? Reduziu em 20% o tempo de parada da linha de produção? Aumentou em 5% a margem de lucro? Desenvolveu um novo método de seleção de fornecedores? Diga isso em uma frase curta (uma linha ou menos), e deixe os detalhes para contar na entrevista!


  2. Mencione explicitamente as promoções importantes
    Quando você avança na carreira por seus próprios méritos, tem um indicativo de que fez um bom trabalho e mereceu a atenção de seus superiores. Isso é algo que cai bem no currículo. Mas não mencione todas as promoções, nem as que tenham sido automáticas ou por tempo de atividade - selecione as essenciais, e informe a razão, quando relevante.

  3. Faça caber em uma página
    Objetividade é uma qualidade valiosa. Demonstre a sua, colocando na única página de seu currículo todas as informações necessárias para que em uma rápida olhada de 15 segundos (e muitas vezes o responsável pelo filtro inicial não dedica mais tempo do que isso) o avaliador possa saber que vale a pena chamá-lo para uma entrevista. A não ser que o currículo esteja sendo escrito para ser arquivado - neste caso, aí você pode se alongar, mencionando a lista completa de artigos, certificados, todos os colégios em que estudou, todos os cursos complementares, etc.

  4. Cuidado com a discriminação
    Oficialmente ou não, muitos avaliadores aplicam critérios preconceituosos quanto a idade, sexo, crença e vários outros. A não ser que seja exigido explicitamente, que tenha relevância direta para a vaga pretendida, ou que você considere que a informação conta a seu favor, não insira fotografia, data de nascimento, religião, time de futebol ou qualquer outra informação que possa ser origem de discriminação. Para prevenir a discriminação por idade, pode fazer sentido não mencionar atividades ou cursos muito antigos - desde que você tenha outros mais recentes para mencionar, é claro. Mantenha em foco a demonstração de sua competência, e em ser chamado para a entrevista.

  5. Não use mal os “interesses adicionais”
    É cada vez mais comum incluir no currículo uma menção aos interesses extra-profissionais do candidato: um hobby, esporte, atividade filantrópica, arte, etc. Saiba que os selecionadores prestam atenção a isso, mas de uma forma que pode ser cruel: eles formam um rótulo mental sobre você, a partir dos interesses mencionados. É como um carimbo, que diz: “SENSÍVEL”, se o candidato é pintor; “COMUNICATIVO”, se faz teatro; “PERSISTENTE”, se é faixa preta em judô, e assim por diante. Fale apenas a verdade, mas pense em qual rótulo mental será aplicado a você dependendo do que você compartilhar.

  6. Remova o excesso de design
    A não ser que você seja mesmo um tipógrafo, artista ou designer, seu currículo deve se destacar pelo equilíbrio visual, sem perder a sobriedade. Não exagere.

  7. Verifique de novo a ortografia
    E a gramática. E o estilo. E a ordem de priorização das informações. E a sobriedade do visual. Quando terminar, peça a mais alguém - em cujo julgamento você confie - que verifique mais uma vez para você.

  8. Verifique mais uma vez todos os seus contatos
    Todo número de telefone mencionado no currículo deve funcionar regularmente - e ser atendido. Todo endereço de e-mail deve ter aparência de profissional, funcionar bem, e ser lido com regularidade. Será uma pena deixar de receber uma resposta positiva porque o telefone não é atendido, ou porque o e-mail não funciona, ou classifica como spam as mensagens legítimas. E será pior ainda se o empregador não conseguir chamá-lo para a entrevista porque suas informações de contato estão erradas ou desatualizadas em seu banco de currículos.

Já analisei minha cota de currículos e posso afirmar que, embora os currículos com erros de ortografia e com excesso de design sejam irritantes, e os com excesso de informação, ou com foco nos aspectos errados, possam prejudicar a avaliação do candidato, não há nada mais frustrante do que selecionar uma pessoa e não conseguir chamá-la para a entrevista porque as informações de contato dela estão erradas no currículo.

Quando se trata de participar de um processo seletivo para uma vaga concorrida, o currículo tem importância estratégica. Podemos assumir como verdade que muitos serão descartados sem uma leitura integral.

Também podemos assumir como provável que alguns dos currículos descartados corresponderão a candidatos que teriam potencial para serem considerados para a vaga, mas o avaliador preliminar desistirá de lê-lo antes de encontrar a informação relevante que o faria tomar a decisão certa.

É por isso que você deve preparar o currículo especialmente para cada vaga que pleiteia, ou para cada empresa que aborda, e deve dar bastante atenção ao destaque das informações relevantes para aquela colocação específica.


Um modelo de currículo “tradicional”, recomendado ainda hoje por um grande site de empregos nacional - não caia nessa!

As agências e os sites de emprego continuam empurrando a seus clientes e usuários os mesmos modelos de currículos que nossos pais usaram na década de 70 (datilografado com capricho!), em 3 páginas, com uma série de informações desnecessárias (caso a empresa resolva contratá-lo, aí sim ela lhe pedirá o seu número do PIS…) para a análise, e deixando em segundo ou terceiro plano o que poderia ser o seu diferencial - algo que pode fazer muita diferença caso o seu avaliador tenha uma pilha suficientemente grande de candidatos e decida descartar o seu currículo antes de lê-lo na íntegra.

Hoje faremos uma abordagem diferente e prática: como dar destaque às informações mais relevantes do seu currículo, de maneira sóbria e discreta, para aumentar a chance de ser colocado na lista dos que serão chamados imediatamente para a entrevista, e não na dos que irão ser arquivados no banco de talentos! Já tratamos de forma mais profunda do assunto anteriormente em várias ocasiões, e você pode ver as dicas, modelos e exemplos de currículos aqui do Efetividade.net nos links ao final deste artigo.

Usaremos apenas recursos comuns do editor de texto, como colunas, quadros, tabelas e formatação simples (negrito, etc.). Cada uma das alterações abaixo pode ser feita em 15 minutos, se você souber usar as ferramentas básicas do seu processador de texto.

O objetivo é mostrar como você pode se diferenciar sem exagerar. Não dei atenção especial ao design (contraste, alinhamento, etc.) - portanto, se você estiver concorrendo a uma vaga de designer, passe longe destes modelos, pois além de você precisar se destacar com um currículo original, os recursos e a formatação empregados estão longe da perfeição estética.

Mas para a maioria das carreiras e vagas, usar um modelo destes será mais do que suficiente para destacá-lo entre uma pilha de currículos sem vida e sem diferenciação.

Começando pelo começo

Você provavelmente já tem um currículo-base, portanto é hora de localizar o arquivo e abri-lo. Nós vamos partir do exemplo abaixo, de currículo resumido que cabe em uma página:


Nosso popular modelo de currículo básico

Trata-se do modelo de currículo mais popular aqui do Efetividade.net, acessado mais de 10.000 vezes todos os dias. O Marcos José Penteado, personagem fictício que criei para esta série de artigos, deve estar orgulhoso!

Na minha avaliação, este modelo em si já se destacaria da média em muitas seleções - já avaliei currículos suficientes na vida para saber que predominam os modelos em fonte default, 100% em maiúscula, com diagramação estranha, xerox de má qualidade, em 3 páginas grampeadas, com bastante informação irrelevante para a análise.

Mas sempre há possibilidade de avançar, certo? Note que há bastante espaço em branco no lado esquerdo da folha. Que tal colocá-lo em uso com uma coluna para destacar as informações mais importantes? Basta abrir uma coluna e inserir o texto (sem removê-lo de onde ele já se encontra - o objetivo é aumentar a chance de o avaliador chegar a perceber estas características, mesmo sem ter de ler tudo). Ficaria assim:


Modelo 4 - download: formato OpenOffice, formato Word

Que tal? Estamos apenas começando, mas já é uma alternativa viável. Note que a coluna da direita, mais larga, contém 100% do texto do modelo anterior no qual nos baseamos, e usa o mesmo tamanho de fonte do original. A coluna da esquerda, com fonte maior e entrelinhamento largo, usa apenas espaço que já estava livre, e foi redistribuído. Aproveitei para aumentar também a fonte do nome do Marcos J. Penteado, dando mais equilíbrio e destaque. Os links para download estão logo abaixo das imagens.

Para incrementar um pouco mais, sem exagerar nos enfeites, podemos fazer uso de uma cor de preenchimento e alterar o alinhamento para deixar um pouco mais clara a diferenciação entre as duas colunas. Assim:


Modelo 5 - download: formato OpenOffice, formato Word

Para fazer o efeito de cor diferenciada, inseri um quadro sem borda na coluna esquerda, e aí mudei os atributos do texto. Sobrou um pouco de espaço, então incluí um destaque adicional para as informações de contato (sempre completas e atualizadas!) no rodapé da coluna esquerda. Os links para download estão logo abaixo das imagens.

Mas naturalmente esta não é a única possibilidade. Veja esta outra alternativa, com bullets em forma de seta, e dois níveis diferentes de destaque:


Modelo 6 - download: formato OpenOffice, formato Word

Aproveitei para destacar (em negrito na coluna esquerda) os 2 itens mais relevantes para uma determinada vaga.

Só que a coluna lateral não é a única possibilidade - basta esticar e puxar um pouco os limites do texto, e podemos abrir espaço para um quadro horizontal que vai quase até a metade da folha, mantendo a íntegra do restante do texto abaixo dele. Veja:


Modelo 7 - download: formato OpenOffice, formato Word

A partir destes modelos, é fácil chegar a outros. Por exemplo, se adicionarmos os bullets em forma de seta do modelo 6 à coluna básica do modelo 4, o visual muda bastante:


Modelo 8 - download: formato OpenOffice, formato Word

Claro que não dá de mudar apenas os bullets: foi necessário mexer com as margens também.

Agora crie seu próprio modelo

Como dizia a antiga propaganda de cereal, existem mil maneiras de preparar seu currículo - invente uma!A esta altura creio que já ficou claro que basta usar os recursos mais comuns do seu processador de texto para ter grandes variações no seu resultado final.

Os links para download dos modelos criados para este artigo estão logo abaixo das imagens, e sinta-se à vontade para usá-los no seu currículo. Mas o ideal é que você, tendo percebido como é simples, monte o seu próprio modelo original, e use-o com confiança.

Uma observação: é possível que os arquivos em formato DOC apareçam ligeiramente desformatados. Eles foram exportados a partir dos originais em formato padrão ISO (do OpenOffice), e às vezes algum detalhe se perde. Recomendo usar as versões no formato do OpenOffice.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Saiba como 'emprestar' seu computador para projetos científicos

Computação voluntária aproveita tempo ocioso de máquinas domésticas.
Mesmo não tendo computador robusto ou banda larga, é possível ajudar.

Mesmo acreditando que seu PC não chega nem perto de ser tão rápido quanto deveria, saiba que ele pode, sim, ser considerado um supercomputador -- ou pelo menos parte disso. Essa é a proposta dos sistemas de computação distribuída, também conhecidos como computação voluntária, que utilizam a capacidade de milhares de máquinas ociosas espalhadas pelo mundo para processar grandes quantidades de informação. Ao “quebrar” pacotes de dados e enviá-los para diferentes usuários, é possível processá-los simultaneamente, reduzindo os custos e também o tempo gasto com estudos.

Apesar de alguns desses projetos para causas coletivas exigirem computadores robustos de grandes centros de pesquisa, a maioria deles se contenta com o que seu computador pessoal -- seja de casa ou do trabalho --- tem a oferecer. Assim, se você já fosse voluntário, poderia sair agora da frente do computador para tomar um lanche e voltar mais tarde com a sensação de ter contribuído para resolver uma grande questão da humanidade.

A computação voluntária é freqüentemente chamada de grid computing, mas este segundo termo é mais específico para o uso de capacidade ociosa dentro de organizações, e não de computadores pessoais. Por realizarem o processamento quando as máquinas dos voluntários estão ligadas, mas não em uso, essas iniciativas teoricamente não tornam os PCs mais lentos.

Quando combinada, a capacidade de processamento de computadores pessoais pode trazer resultados impressionantes. O projeto World Community Grid, por exemplo, já registrou mais de 1 milhão de computadores que realizaram, nos últimos quatro anos, o equivalente a 188 mil anos de processamento de dados em diversas áreas.

Voluntários dessa comunidade doam, a cada semana, o equivalente a 1,4 mil anos do tempo de suas máquinas para pesquisas sobre o combate ao câncer, à Aids e à dengue, além de análises relacionadas a um arroz mais nutritivo e ao dobramento de proteínas. Esse último assunto também é foco de outro grande projeto de computação voluntária, o Folding@home, com o qual a Universidade de Standford pretende entender o dobramento de proteínas e as doenças relacionadas ao assunto.

“Essa alternativa é mais eficaz que o uso de um supercomputador. Essas grandes máquinas têm geralmente 5 mil processadores, sendo que cada um deles é surpreendentemente mais lento do que os chips de computadores domésticos atuais. Além disso, a capacidade de supermáquinas é compartilhada entre diferentes projetos. Mesmo um supercomputador seria cerca de cem vezes mais lento do que o nosso sistema”, diz o Folding@home, que usa a capacidade de 350 mil processadores de voluntários.

A iniciativa distribui o processamento entre máquinas com sistemas operacionais Windows (contribuição de 219,1 mil processadores no total), Linux (32,9 mil) e Mac (15 mil), além de usar a capacidade de consoles PlayStation 3 (62,9 mil) e das placas de vídeo Nvidia (13,5 mil) e ATI (4,5 mil). Os projetos de grid computing rodam em máquinas ociosas, desde que elas estejam ligadas.

Projeto LHC aceita contribuição de usuários domésticos e também de grandes centros de pesquisa. Foto mostra o centro de grid computing, na Suíça, que reunirá informações de 140 centros de computação, espalhados por 33 países. Objetivo é processar mais de 15 milhões de gigabytes de dados a cada ano. (Foto: AFP)


Como escolher

Uma busca na internet traz muitos projetos de computação voluntária, de diferentes áreas. Além das alternativas já citadas, é possível contribuir com o LHC (Grande Colisor de Hádrons), com a previsão do clima, com pesquisas sobre estrelas de nêutrons, com a busca por inteligência extraterrestre, com estudos sobre malária, com a previsão de estruturas de proteínas e com a determinação de formas tridimensionais de proteínas, para citar alguns exemplos.

Antes de aderir a um desses projetos, é importante verificar o que eles exigem. O SETI@home, que busca inteligência extraterrestre, diz que voluntários de computadores “normais” (processador Pentium 4 de 2 GHz, por exemplo) devem rodar o programa pelo menos duas horas por semana. “Máquinas mais lentas também podem contribuir, mas precisam proporcionalmente de mais tempo”, diz. O Climate Prediction, por sua vez, busca participantes com qualquer tipo de acesso à internet, processador de 1,6 GHz, disco rígido com pelo menos 1 GB livre e memória RAM mínima de 256 MB.

Algumas iniciativas, como é o caso do Folding@home, aceitam usuários de máquinas com tipos muito diferentes de configuração. Assim, os voluntários podem escolher com quanto da capacidade de seus computadores querem contribuir.

Segundo Cezar Taurion, gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM, não é interessante para os projetos de computação distribuída exigirem computadores potentes ou conexão rápida à internet. “Quanto maior a quantidade de voluntários, melhor, pois o objetivo é formar uma grande comunidade de colaboradores. Muitas demandas em relação ao hardware ou à velocidade de banda restringem a participação de pessoas interessadas”.

Como a maioria dos usuários de computador pode contribuir, Taurion acredita que a afinidade com o tema do projeto seja o fator mais relevante na hora de fazer a escolha.

Mapa mostra onde estão os voluntários do Folding@home. Projeto diz que colaboradores estão em 2.605 localidades diferentes, espalhadas por 94 países. (Foto: Divulgação )

Salão do Automóvel exibe carro que dirige sozinho

Aerodinâmica do X-20 é inspirada nas linhas de um peixe (Foto: Daigo Oliva/G1)

Sistema autônomo permite com que veículo reconheça as linhas do asfalto.
Carro foi desenvolvido por professor e estudantes da FEI.

Foram sete meses de muito esforço para que os traços desenhados por Ricardo Bock, professor de engenharia mecânica automobilística da FEI, saíssem do papel e fossem parar no Salão do Automóvel de São Paulo. O resultado deste trabalho, que envolveu 27 alunos da instituição, é um roadster chamado X-20 com um sistema autônomo de direção que permite com que o carro ande sozinho, sem a intervenção do motorista.

Para que essa autonomia se tornasse possível, um grupo criou um software que permite com que o carro reconheça, por meio de uma câmera instalada entre os dois pára-brisas, as linhas do asfalto. E apesar dessa máquina atingir a velocidade máxima de 250 km/h, por questões de segurança, ela é reduzida para 20 km/h quando o sistema é ligado.

Com motor V8 7.0l de 32 válvulas – o mesmo usado no Corvette Z06 – o carro gera 550 cavalos a uma rotação de 6.300 giros. No entanto, até agora, Bock garante que ninguém teve o gostinho de pisar fundo no acelerador desta máquina.

Para Marcelo Miranda, aluno de engenharia mecânica automobilística, o mais desafiador durante o projeto foi se manter fiel aos traços desenhados. “O que deu mais trabalho foi pegar o desenho e fazer com que as peças ficassem idênticas a ele”, revela.

Com molde coberto de fibra de vidro e carbono e chassi de alumínio, o 20º carro experimental da FEI recebeu uma tinta especial cromada importada dos Estados Unidos, onde é usada em personalizações de carros de luxo.

Sem capota e com motor e suspensão à mostra, o esportivo é inspirado nas linhas de um peixe. Por fora, os visitantes poderão conferir também rodas transparentes e bancos inspirados em carros de competição. Mas, atenção: o professor Bock não permite que toquem em sua obra-prima. Qualquer encostadinha e ele pedirá que tire a marca de dedo com um chumaço de algodão.

Rodas transparentes e suspensão ficam à mostra (Foto: Daigo Oliva/G1)

Motor V8 7.0l de 32 válvulas é o mesmo usado no Corvette Z06 (Foto: Daigo Oliva/G1)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Como funcionam os bloqueadores de celular ?

Os bloqueadores de celular são aparelhos que têm a capacidade de impedir que uma região ou área consigam receber ou fazer qualquer ligação através do sistema de telefonia celular. Como funcionam estes bloqueadores? É o que vamos descobrir neste artigo.

Alessandro F. Cunha

Quantas vezes você já esteve no cinema e, no meio da melhor cena, um celular quebra todo o ‘clímax’ ? E durante uma palestra? Nas salas de aula, em Faculdades, colégios e até escolas do ensino fundamental? No teatro, atrapalhando a concentração dos atores e fazendo crescer as vaias do público? Sem contar os problemas causados pelo uso destes aparelhos dentro dos presídios.
Muito se tem discutido sobre o bloqueio dos telefones celulares. Operadoras tiveram que tomar medidas emergenciais, como o desligamento de centrais celulares, causando transtorno à população de regiões inteiras, e não apenas das áreas a serem bloqueadas. Mas, como funcionam os bloqueadores de celular ?

1.Nível de sinal e mensagens – A Alma do sistema celular


Antes de saber como bloquear um telefone celular é necessário conhecer dois princípios básicos de seu funcionamento: a troca de mensagens entre a central e o aparelho celular, e a relação entre o sinal recebido e o ruído do ambiente onde o telefone está.

Para fazer uma chamada, é preciso discar um número e em seguida pressionar a tecla SEND. Ao fazer isso, o telefone coloca este número em uma mensagem, faz a modulação em uma freqüência específica e transmite o sinal para a estação celular mais próxima do aparelho. Para efetuar as conexões necessárias e conseguir completar a chamada, a estação deve receber o sinal enviado, conseguir demodular a mensagem e “ler” o número que o terminal deseja chamar.

Para receber uma chamada, é necessário que o sistema celular saiba qual a estação mais próxima do telefone. Para isso, todos os aparelhos celulares ficam sintonizando um canal específico, enviado por todas as estações do sistema, que contém as informações das chamadas (geralmente um canal de paging). Todos os terminais recebem as informações de todas as chamadas do sistema. Mas só conseguem ler as direcionadas ao seu aparelho, devido aos diferentes números de série de cada telefone.

Mesmo para uma conexão com a internet, serviço que algumas redes digitais permitem fazer, também é necessária a troca de mensagens. A transmissão de dados, voz ou mensagens são feitas em freqüências diferentes para a estação e para o celular, deixando um espaçamento que evita interferências entre ambas.

Para conseguir decodificar as mensagens que são moduladas, o telefone e a estação celular devem receber um nível de sinal mínimo, que, quando comparado com o ruído do ambiente, fornece uma relação mínima de sinal por ruído.

O ruído é a soma de todos os sinais de RF presentes naquela freqüência. Se a relação sinal/ruído for muito ruim, mesmo que a estação ou o telefone aumentem a sua potência de transmissão, não será possível “ouvir” as mensagens trocadas, ou seja, demodular todas as informações trocadas. Sendo mais direto: caso o nível de ruído seja muito grande, não será possível estabelecer comunicação entre a estação e o terminal celular, mesmo que ambos transmitam em alta potência. A relação sinal/ruído, típica, para cada uma das tecnologias celulares existentes é mostrada na tabela 1.


Tabela 1 – Relação entre o sinal (desejável) e o ruído (indesejável) em cada tecnologia celular.
Para um projeto de sistema celular, o mais desejável é manter o ruído afastado, seja pelo controle da potência de outras estações, pela limpeza de espectro de fontes interferentes ou qualquer outra ação de otimização.

Para bloquear as chamadas celulares, o que se deseja é exatamente o oposto: sujar o espectro, exatamente nas freqüências utilizadas para a troca de mensagens entre os aparelhos e a estação celular, de modo que seja impossível a comunicação.

Toda conversa entre a estação e o telefone celular é feita com respostas ao recebimento de mensagens, de ambos os lados. A estação envia uma mensagem para o celular e fica aguardando que o telefone responda o recebimento da mesma. O celular envia uma mensagem para a estação e fica esperando a resposta de recebimento correto da mensagem, para só então passar para a ação seguinte.

Caso as respostas de confirmação não sejam recebidas, tanto o celular quanto a estação aumentam a potência de transmissão (até um certo limite), como se tentassem “falar mais alto”, para serem “ouvidos”. Isto terá duas conseqüências:

- Aumentar a potência é gastar mais energia da bateria do celular, fazendo com que ele fique menos tempo ligado;

- Para bloquear o sistema, não é necessário interferir na freqüência do celular. Como a estação e o celular transmitem em freqüências diferentes, basta interferir na freqüência da estação, pois se não houver resposta às solicitações do celular, a comunicação não será estabelecida.

Em cada tecnologia celular, freqüências, canais e mensagens trocadas para viabilizar a conversação são diferentes. Mas, basicamente, o conceito apresentado é o mesmo para todas. Uma comparação entre as tecnologias é mostrada na figura 1.


Figura 1 - Comparação entre as larguras de canal de cada tecnologia celular.


1.1.AMPS e TDMA – Analógico

Ainda existem no Brasil algumas regiões com canais analógicos em funcionamento. Sua função principal é fazer falar os celulares que saem de uma região atendida por uma tecnologia digital para outra região onde esta tecnologia não está implantada. As áreas de atendimento de cada tecnologia são ilustradas na tabela 4, mais adiante.

Isto significa dizer que, caso o terminal digital não encontre o sinal digital irradiado, poderá migrar para o sistema analógico AMPS ou TDMA e, caso encontre sinal nesta freqüência, começará a utilizar esta tecnologia.

Nos sistemas analógicos, toda a comunicação entre o aparelho e a estação celular se inicia pelo canal de controle, que tem largura de 30 kHz, onde são trocadas as mensagens. Independente da banda de atuação, são designados 21 canais de controle (CCH) para todo o sistema AMPS e outros 21 canais de controle (DCCH) para todo o sistema TDMA, ocupando uma faixa de freqüência de 630 kHz para cada tecnologia.

Caso a tecnologia esteja na Banda A, independente de ser AMPS ou TDMA, estes canais serão transmitidos pelas estações na freqüência de 879,39 MHz até 879,99 MHz. Se estiver na Banda B, são transmitidos pelas estações na freqüência de 880,20 MHz até 880,62 MHz. Para o funcionamento de redes analógicas, a ANATEL permite apenas o uso destas freqüências, como pode ser visto na Resolução 376, de 2 de setembro de 2004.

Note que as duas faixas de freqüência para os canais de controle são contínuas, com uma largura total de 1260 kHz, iniciando na freqüência 879,39 MHz e terminando na freqüência 880,62 MHz.

1.2.GSM – Digital

A largura dos canais do sistema GSM é de 200 kHz. Não há uma freqüência pré-determinada para cada atividade a ser feita pela estação e pelo telefone celular, como no caso dos sistemas analógicos. Existe apenas a necessidade de ter canais exclusivos para o controle do sistema (BCCH) e canais para trafegar voz e dados (TCH). Cada operadora, de acordo com seu projeto de rede celular, feito pelo Departamento de Engenharia de RF, determina uma quantidade de canais responsáveis por fazer a troca de mensagens e controle do sistema (BCCH), e quantos canais serão dedicados para trafegar as informações, seja voz ou dados (TCH).

A quantidade necessária dependerá do número de terminais que existem em uma determinada região. Locais com grande densidade de telefones (centros urbanos, por exemplo) vão necessitar de mais canais de tráfego e de controle.

Nos sistemas analógicos, toda a comunicação entre o aparelho e a estação celular se inicia pelo canal de controle, que tem largura de 30 kHz, onde são trocadas as mensagens. Independente da banda de atuação, são designados 21 canais de controle (CCH) para todo o sistema AMPS e outros 21 canais de controle (DCCH) para todo o sistema TDMA, ocupando uma faixa de freqüência de 630 kHz para cada tecnologia.

Caso a tecnologia esteja na Banda A, independente de ser AMPS ou TDMA, estes canais serão transmitidos pelas estações na freqüência de 879,39 MHz até 879,99 MHz. Se estiver na Banda B, são transmitidos pelas estações na freqüência de 880,20 MHz até 880,62 MHz. Para o funcionamento de redes analógicas, a ANATEL permite apenas o uso destas freqüências, como pode ser visto na Resolução 376, de 2 de setembro de 2004.

Note que as duas faixas de freqüência para os canais de controle são contínuas, com uma largura total de 1260 kHz, iniciando na freqüência 879,39 MHz e terminando na freqüência 880,62 MHz.

1.2.GSM – Digital

A largura dos canais do sistema GSM é de 200 kHz. Não há uma freqüência pré-determinada para cada atividade a ser feita pela estação e pelo telefone celular, como no caso dos sistemas analógicos. Existe apenas a necessidade de ter canais exclusivos para o controle do sistema (BCCH) e canais para trafegar voz e dados (TCH). Cada operadora, de acordo com seu projeto de rede celular, feito pelo Departamento de Engenharia de RF, determina uma quantidade de canais responsáveis por fazer a troca de mensagens e controle do sistema (BCCH), e quantos canais serão dedicados para trafegar as informações, seja voz ou dados (TCH).

A quantidade necessária dependerá do número de terminais que existem em uma determinada região. Locais com grande densidade de telefones (centros urbanos, por exemplo) vão necessitar de mais canais de tráfego e de controle.

Para ampliar a capacidade do sistema e fazer a distinção entre usuários que apenas fazem chamadas de voz dos que fazem chamadas de voz e dados, são usadas portadoras diferentes no sistema. Cada portadora ocupa uma largura de 1250 kHz no espectro, e tem uma freqüência central bem definida.

Uma interferência ou ruído com 200 kHz de largura, na freqüência central de cada portadora do sistema, degrada a relação sinal/ruído, impedindo a decodificação do sinal espalhado, e por conseqüência, evitando a comunicação entre o celular e a estação.

2.Técnicas de Bloqueio

As duas técnicas mais empregadas para o bloqueio são a Gaiola de Faraday e os Geradores de Interferências. Estas são as técnicas com menor custo de implantação e que precisam de equipamentos menos complexos.

Existem outras técnicas para o bloqueio, como filtro de mensagens nas centrais telefônicas, intervenção de mensagens no sinal de RF ou detecção de mensagens. Mas estas técnicas exigem equipamentos muito mais complexos e a necessidade de instalação de softwares específicos dentro das centrais, o que gera custo alto, inviabilizando sua instalação.

Vejamos as duas técnicas mais comuns.

2.1.Gaiola de Faraday


Michael Faraday (1791 – 1867), físico notável, conseguiu provar através de uma aplicação prática, a Lei de Gauss, uma das quatro Equações de Maxwell, que condutores eletrizam-se apenas em sua superfície. Assim, caso um campo eletromagnético incida sobre uma superfície condutora (chapa de metal, por exemplo), a energia será dissipada na superfície e não será transmitida.

Cria-se, então, um “escudo” contra a propagação de ondas eletromagnéticas. O próprio Faraday fez um teste em 1836, montando uma gaiola metálica e provando que todo campo eletromagnético gerado em seu interior não podia ser recebido na parte externa. Campos gerados externamente também não podiam ser recebidos na parte interna. O bloqueio das ondas eletromagnéticas estava provado. Esta experiência pode ser vista na figura 2.


Figura 2 - Funcionamento de uma Gaiola de Faraday.

Para garantir que um sinal emitido por uma estação celular não seja recebido por um aparelho, uma tela de metal deve envolver toda a área ao redor do telefone a ser bloqueado. Portas, janelas, dutos de ventilação ou qualquer outra abertura existente pode “furar” a gaiola, e permitir que uma parcela do sinal transmitido chegue ao terminal, possibilitando a comunicação.

Não há a necessidade que seja uma chapa maciça. Podem existir furos, como na tela de um galinheiro, desde que a abertura dos alvéolos desta tela seja menor que o comprimento de onda da maior freqüência que se deseja bloquear, o que para a faixa de celular é em torno de 1900 MHz.

A grande vantagem da Gaiola de Faraday é que com apenas um dispositivo, projetado para a freqüência mais alta, toda e qualquer transmissão eletromagnética feita em freqüências mais baixas, independente da tecnologia ou meio de transmissão adotado, será barrada automaticamente.

A desvantagem desta técnica aparece quando é preciso bloquear grandes ambientes, dada a dificuldade de construção física. Como deve-se blindar toda a área onde não se deseja o uso de celular, caso existam furos na Gaiola, que permitem a passagem de porções do sinal, algumas chamadas poderão ser completadas.

2.2.Geradores de interferência

Como a comunicação entre os celulares e as estações depende da troca de mensagens e da relação entre o nível de sinal recebido e o ruído do ambiente, foram desenvolvidos os geradores de interferência.

Estes equipamentos são muito simples, eletronicamente falando. Seu painel possui apenas uma chave liga-desliga, os conectores para antenas e a conexão com a rede elétrica. São compostos por:

- Antena (s): uma ou mais antenas podem ser conectadas ao equipamento. Geralmente é utilizada uma antena para cada faixa de freqüência que se deseja bloquear.

- Circuito eletrônico: Um VCO (voltage-controlled oscillator) gera um sinal de rádio que irá interferir na freqüência celular. Um circuito de sintonia controla esta freqüência para que ela seja gerada apenas em faixas especificadas, evitando que o ruído se espalhe por outras bandas não desejadas. Um gerador de ruído aleatório modula a freqüência gerada, embaralhando todo o sinal recebido pelo celular. Por fim, um estágio de potência amplifica o sinal até o valor nominal especificado no bloqueador. Circuitos de controle deste estágio podem permitir a escolha da área de cobertura do bloqueador através do controle da potência irradiada.

- Fonte de alimentação: conectada à rede elétrica, geralmente tem uma bateria interna, carregada automaticamente por um circuito de segurança que manterá o funcionamento em caso de falta de energia.

Não há necessidade de gerar ruído em todo o espectro de freqüência do sistema celular, poluindo o ambiente o mínimo possível. Basta que o ruído esteja na mesma freqüência dos canais de controle transmitidos pelas estações celulares. Com isto os telefones celulares não conseguirão “ouvir” as mensagens enviadas pelas estações, e a comunicação não se estabelecerá.

Cada tecnologia celular possui canais de controle diferentes. O bloqueador deve atuar em faixas de freqüências diferentes para cada tecnologia, com larguras de ruído irradiado diferentes, como é visto na tabela 3.


Tabela 3 - Ruídos necessários para bloquear cada tecnologia celular.

A potência com que este ruído será transmitido pelo equipamento determinará o raio de alcance de bloqueio. Potências maiores farão com que grandes áreas fiquem bloqueadas. Potências menores são indicadas para ambientes menores.

O tipo de antena conectado à saída do equipamento também afeta a área de bloqueio. Antenas do tipo omni-direcional irradiam sinal em todas as direções. Devem ser instaladas no centro da área que se deseja bloquear. Deste modo o ruído se propagará em todas as direções, como pode ser visto na figura 3.


Figura 3 - Funcionamento de um bloqueador com antena omni-direcional.

Já antenas diretivas irradiam sinal apenas na direção onde são apontadas. Para cobrir uma grande área retangular, por exemplo, quatro antenas diretivas instaladas em cada canto farão perfeitamente o bloqueio, como pode ser visto na figura 4.


Figura 4 - Funcionamento de um bloqueador com antenas diretiva.

3.Áreas de cobertura no Brasil

3.1.Faixas de freqüência

De acordo com a resolução no 376 da ANATEL, as faixas de freqüências em que as estações celulares podem transmitir foram divididas em bandas. No Brasil temos 4 bandas, com larguras definidas, e algumas faixas de extensão, que foram licenciadas para as operadoras que não tinham concessão de uso das bandas A e B. A tabela 3 mostra as bandas, faixas de freqüência e largura de cada uma.

3.2.Concessão de licenças

Para fazer a concessão das licenças de uso da telefonia celular, a ANATEL fez a divisão do Brasil em regiões chamadas de SMP (Serviço Móvel Pessoal). Cada uma destas regiões teve subdivisões, pertinentes a quantidade de usuários. Estas subdivisões são conhecidas como área de cobertura SMC (Serviço Móvel Celular). O SMP tem 3 divisões e o SMC tem 10 divisões, como pode ser visto na figura 5.


Figura 5 - Divisão das regiões SMP e SMC no Brasil.

A cada uma destas áreas coube o atendimento por uma operadora, que utiliza determinada tecnologia, como pode ser visto na tabela 4.


Tabela 4 - Operadoras em cada área do Brasil

Existem ainda os casos especiais, de operadoras que não se encaixam no SMP ou SMC, como é mostrado na tabela 5.


Tabela 5 - Casos especiais de concessão de operação celalar.

4.Conclusão

Impedir que os aparelhos celulares se comuniquem com as estações, por meio de bloqueadores, é fácil. Não há a necessidade de “sujar” todo o espectro de freqüência, irradiando sinais apenas nos canais específicos de controle de cada tecnologia.

O custo destes aparelhos varia entre U$ 200,00 e U$ 2000,00. Esta grande variação é causada pela potência de transmissão de cada bloqueador, o que implica diretamente na área que cada um consegue bloquear.

Em várias partes do mundo, o uso de bloqueadores precisa de uma licença especial dos órgãos de comunicação do Governo para poderem ser instalados. No Brasil, as primeiras iniciativas neste sentido vêm sendo tomadas recentemente.

Algumas empresas nacionais já fabricam estes equipamentos com baixa potência, possibilitando o bloqueio em pequenas áreas.

(*Artigo publicado originalmente na revista Saber Eletrônica - ano 42 - N° 402 - Julho/2006)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Telefônica faz projeto piloto com WiMAX 2,5GHz em SP


A partir desta sexta-feira, 24/10, a Telefônica, que obteve autorização da Anatel para fazer um projeto piloto com WiMAX em 2,5GHz ( licença MMDS da TVA), começa a testar a tecnologia em dois bairros da cidade de São Paulo. A Motorola e a Intel são parceiras.

O projeto prevê a oferta de banda larga com velocidade de 2 Mbps para o upload e 600 Kbps para o download. O piloto será realizado nas regiões de Pinheiros e dos Jardins e envolverá 150 clientes.

O projeto-piloto terá duração de três meses, podendo ser prorrogado por mais três, de acordo com os resultados. Utilizando a freqüência de 2,5 GHZ, o serviço testado disponibilizará acesso à internet via banda larga – com velocidade de 2 Mbps para download e 600Kbps para upload – a partir do sinal enviado por três estações rádio base (ERBs) montadas na região, nas ruas Butantã, dos Pinheiros e Bela Cintra.

O serviço funcionará a partir da instalação de um modem WiMAX – conectado apenas à tomada elétrica – que recebe o sinal e redistribui para o computador do cliente.

Sua principal vantagem é possibilitar oferta de banda larga em locais de difícil acesso ou nos quais a utilização de rede de cabos ou fibras óticas não é viável. A Telefônica tem testes semelhantes previstos para acontecer no Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre.

Toda a rede utilizada pelo projeto com a Telefônica foi construída com base na tecnologia WiMAX, da Motorola, em 2,5GHz. A plataforma atuará de forma fixa, apesar de também poder funcionar de maneira móvel, dependendo apenas da regulamentação da Anatel. Dentre os diversos componentes estão as rádio base WAP400, certificadas pelo WiMAX Forum Wave Two Certified.

A solução, destaca a Telefônica, incorpora inúmeras vantagens tecnológicas, tais como MIMO A e B, que permitem o uso simultâneo de duas antenas, aumentando a cobertura das células WIMAX, e até dobrando a taxa de dados para o usuário.

O equipamento conta com cabeças de RF remotas com conexão por fibra ótica e backhaul em IP. Seu consumo de energia é baixíssimo e, ainda, ocupa pouco espaço. A rede também será composta por terminais CPEi150 e CPEi750, ambos pertencentes à terceira geração de dispositivos WiMAX para usuários.

Os produtos são capazes de fornecer grande volume de dados mensais, com instalação simples que pode ser realizada pelo próprio consumidor. Além destas características, o CPEi 750 ainda possui duas portas de telefonia, o que torna possível uma oferta integrada de dados e voz fixa sem fio.

A participação da Intel está ligada à oferta do módulo Wi-Fi/WiMAX integrado para notebooks. A companhia, grande incentivadora da tecnologia no mundo, já anunciou que lançará no primeiro semestre de 2009, o primeiro módulo Wi-Fi/WiMAX integrado da indústria, que será oferecido como um opcional nos notebooks equipados com a tecnologia Intel® de processador Centrino®2. A autorização para o piloto em São Paulo foi concedida pela Anatel no início desta semana.