quarta-feira, 30 de abril de 2008

Rio terá o primeiro parque de energia eólica do Sudeste


RIO - O primeiro parque de geração de energia eólica (uso dos ventos) do Rio de Janeiro e da região Sudeste será lançado nesta quarta-feira, no município de São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense. O parque faz parte do projeto da Gargaú Energética S.A.

Está prevista a instalação de 17 aerogeradores, com capacidade individual de 1,65 MW. Ao todo, o empreendimento terá capacidade instalada de 28 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de 80 mil habitantes.

De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, a instalação de um parque eólico no Rio de Janeiro é um marco no esforço para contemplar a utilização de energia alternativa, limpa e renovável, além de consolidar a matriz energética do estado, de acordo com a assessoria. Principal produtor de petróleo e gás natural, o Rio dispõe ainda de geração térmica e nuclear.

O parque será erguido numa área de 500 hectares no distrito de Gargaú, distante cerca de 50 quilômetros do município vizinho de Campos do Goytacazes. Cada um dos 17 aerogeradores terá 120 metros: 80 metros de altura da torre mais 40 metros da pá da hélice. O parque Gargaú é um empreendimento da empresa brasileira Ecopart Ltda, que investirá cerca de R$ 130 milhões. Segundo a assessoria, o início das operações está previsto para o fim do ano.

Maior parte eólico do Brasil

Localização do Município no Rio de Janeiro

JB Online

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sistema Operacional

Um sistema operacional é formado por um conjunto de programas e rotinas computacionais que têm como objetivo criar uma camada de abstração entre o usuário e o hardware propriamente dito. Entende-se por usuário todo e qualquer objeto que precise de acesso aos recursos de um computador (seja ele um usuário "real" ou aplicativo).

Os sistemas operacionais podem ser classificados de três maneiras: pelo tipo do núcleo de sistema (ou kernel, como é conhecido no jargão técnico), pelo método adotado ao gerenciar os programas em execução ou pelo número de usuários que podem operá-lo simultaneamente.

Atualmente, são utilizados basicamente dois tipos de implementações do núcleo de sistema: monolíticos e estrutura de microkernel.

Núcleos monolíticos têm como principal característica o fato de integrarem todas as funcionalidades possíveis do sistema em um grande "bloco" de software. A adição de novas funcionalidades implica na recompilação de todo o núcleo. Trata-se de uma abordagem um tanto antiquada, mas que foi adotada, por exemplo, por Linus Torvalds quando este resolveu desenvolver o kernel do Linux.

Microkernel é um termo usado para caracterizar um núcleo de sistema cujas funcionalidades não-essenciais ao seu funcionamento são transferidas para servidores, que se comunicam com o núcleo mínimo através do modo de acesso do núcleo (local onde o programa tem acesso a todas as instruções da CPU e a todas as interrupções de hardware), deixando o máximo de recursos rodando no modo de acesso do usuário. Quando o processador trabalha no modo usuário, uma aplicação só pode executar instruções não-privilegiadas, tendo acesso a um número reduzido de instruções.

Os diversos tipos de sistemas operacionais existentes empregam diferentes maneiras de gerenciar os programas em execução pelo usuário. Existem basicamente três tipos de gerenciamento de tarefas (ou processos):

Sistemas monotarefa permitem a realização de apenas uma tarefa ou processo de cada vez. Um dos mais famosos sistemas operacionais monotarefa é o MS-DOS (Microsoft Disk Operating System), lançado em 1981 e desenvolvido para rodar no recém-lançado processador 8086 da Intel.

Atualmente, a grande maioria dos sistemas operacionais são de tipo multitarefa. Dá-se o nome de multitarefa a característica dos sistemas operacionais modernos que permite repartir a utilização do processador entre várias tarefas simultaneamente.

A multitarefa cooperativa trabalha exatamente como dito anteriormente: o tempo de processamento é repartido entre as diversas tarefas, dando a impressão ao usuário que elas estão sendo executadas simultaneamente. Sua principal característica (ou deficiência) reside no fato de que não há controle sobre o tempo de CPU que cada processo consome. O sistema cede o controle da CPU ao processo, e este só o devolve quando tiver terminado a sua tarefa.

Já a multitarefa preemptiva realiza o gerenciamento do tempo de utilização da CPU de forma inteligente, reservando e protegendo o espaço de memória dos aplicativos e evitando que programas com erros possam invadir as áreas delimitadas pelo sistema operacional. Os núcleos destes sistemas mantêm em memória um registo de todos os processos em execução através de uma árvore de processos. Entre outros atributos acerca de cada processo, a árvore de processos inclui as informações de prioridade, com a qual o núcleo calcula o tempo de CPU que deve dar a cada processo; quando esse tempo acaba, o núcleo tira do processo o controle da CPU e o passa ao processo que vem a seguir na fila. Quando a fila acaba, o núcleo volta a dar o controle da CPU ao primeiro processo, fechando assim o ciclo.

Tela do Sistema Mac OS X

Tela do Sistema Unix

Tela do Sistema MS-DOS

Tela do Windows 3.0

Tela do Windows Xp

Tela do Windows Vista

ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator)



O ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator) foi o primeiro computador digital eletrônico de grande escala. Criado em fevereiro de 1946 pelos cientistas norte-americanos John Mauchly e John Eckert, da Electronic Control Company.

O ENIAC começou a ser desenvolvido em 1943 durante a II Guerra Mundial para computar trajetórias táticas que exigissem conhecimento substancial em matemática, mas só se tornou operacional após o final da guerra.

O computador pesava 30 toneladas, media 5,50 m de altura e 25 m de comprimento e ocupava 180 m² de área construída. Foi construído sobre estruturas metálicas com 2,75 m de altura e contava com 70 mil resistores e 17.468 válvulas a vácuo ocupando a área de um ginásio desportivo. Segundo Tom Forester, quando acionado pela primeira vez, o ENIAC consumiu tanta energia que as luzes de Filadélfia piscaram.

Esta máquina não tinha sistema operacional e seu funcionamento era parecido com uma calculadora simples de hoje. O ENIAC, assim como uma calculadora, tinha de ser operado manualmente. A calculadora efetua os cálculos a partir das teclas pressionadas, fazendo interação direta com o hardware, como no ENIAC, no qual era preciso conectar fios, relês e seqüências de chaves para que se determinasse a tarefa a ser executada. A cada tarefa diferente o processo deveria ser refeito. A resposta era dada por uma seqüencia de lâmpadas.



Link com seu manual de funcionamento (Em Inglês)


sábado, 26 de abril de 2008

O Sistema binário

O sistema binário é um sistema de numeração posicional em que todas as quantidades se representam utilizando como base o número dois, com o que se dispõe das cifras: zero e um (0 e 1).

Os computadores digitais trabalham internamente com dois níveis de tensão, pelo que o seu sistema de numeração natural é o sistema binário (aceso, apagado). Com efeito, num sistema simples como este é possível simplificar o cálculo, com o auxílio da lógica booleana. Em computação, chama-se um dígito binário (0 ou 1) de bit, que vem do inglês Binary Digit. Um agrupamento de 8 bits corresponde a um byte (Binary Term). Um agrupamento de 4 bits é chamado de nibble.

O sistema binário é base para a Álgebra booleana (de George Boole - matemático inglês), que permite fazer operações lógicas e aritméticas usando-se apenas dois dígitos ou dois estados (sim e não, falso e verdadeiro, tudo ou nada, 1 ou 0, ligado e desligado). Toda eletrônica digital e computação está baseada nesse sistema binário e na lógica de Boole, que permite representar por circuitos eletrônicos digitais (portas lógicas) os números, caracteres, realizar operações lógicas e aritméticas. Os programas de computadores são codificados sob forma binária e armazenados nas mídias (memórias, discos, etc) sob esse formato.


História


O matemático indiano Pingala apresentou a primeira descrição conhecida de um sistema numérico binário no século III aC.

Um conjunto de 8 trigramas e 64 hexagramas, análogos a números binários com precisão de 3 e 6 bits, foram utilizados pelos antigos chineses no texto clássico I Ching. Conjuntos similares de combinações binárias foram utilizados em sistemas africanos de adivinhação tais como o Ifá, bem como na Geomancia do medievo ocidental.

Uma sistematização binária dos hexagramas do I Ching, representando a sequência decimal de 0 a 63, e um método para gerar tais sequências, foi desenvolvida pelo filósofo e estudioso Shao Yong no século XI. Entretanto, não há evidências que Shao Wong chegou à aritmética binária.

O sistema numérico binário moderno foi documentado de forma abrangente por Gottfried Leibniz no século XVIII em seu artigo "Explication de l'Arithmétique Binaire". O sistema de Leibniz utilizou 0 e 1, tal como o sistema numérico binário corrente nos dias de hoje.

Em 1854, o matemático britânico George Boole publicou um artigo fundamental detalhando um sistema lógico que se tornaria conhecido como Álgebra Booleana. Seu sistema lógico tornou-se essencial para o desenvolvimento do sistema binário, particularmente sua aplicação a circuitos eletrônicos.

Em 1937, Claude Shannon produziu sua tese no MIT que implementava Álgebra Booleana e aritmética binária utilizando circuitos elétricos pela primeira vez na história. Intitulado "A Symbolic Analysis of Relay and Switching Circuits", a tese de Shannon praticamente fundou o projeto de circuitos digitais.

Operações com binários

Binários a decimais

Dado um número N, binário, para expressá-lo em decimal, deve-se escrever cada número que o compõe (bit), multiplicado pela base do sistema (base = 2), elevado à posição que ocupa. Uma posição à esquerda da vírgula representa uma potência positiva e à direita uma potência negativa. A soma de cada multiplicação de cada dígito binário pelo valor das potências resulta no número real representado. Exemplo:

1011(binário)

1 × 23 + 0 × 22 + 1 × 21 + 1 × 20 = 11

Portanto, 1011 é 11 em decimal

Decimais em binários

Decimais inteiros em binários

Dado um número decimal inteiro, para convertê-lo em binário, basta dividi-lo sucessivamente por 2, anotando o resto da divisão inteira:

12(dec)   ->    bin

12 / 2 = 6 Resta 0
06 / 2 = 3 Resta 0
03 / 2 = 1 Resta 1
01 / 2 = 0 Resta 1

12(dec) = 1100(bin)

Observe que os números devem ser lidos de baixo para cima: 1100 é 12 em decimal.

Existe um método muito simples para converter binário em decimal, e vice-versa.

 | 128 | 64 | 32 | 16 | 8 | 4 | 2 | 1 |
0 0 0 0 1 0 1 0 = 10 (2+8=10)
0 0 0 1 1 0 0 0 = 24 (8+16=24)
1 1 0 0 0 0 0 0 = 192 (64+128=192)
1 0 1 1 1 0 1 0 = 186 (2+8+16+32+128=186)

Decimais fracionários em binários

Exemplo I
0.562510

Parte inteira = 0 10 = 02
Parte fracionária = 0.562510
Multiplica-se a parte fracionária por 2 sucessivamente, até que ela seja igual a zero ou cheguemos na precisão desejada.

fração x 2 =  vai-um + fração seguinte
0.5625 x 2 = 1 + 0.1250
0.1250 x 2 = 0 + 0.2500
0.2500 x 2 = 0 + 0.5000
0.5000 x 2 = 1 + 0.0000 <-- nesta linha a fração zerou, finalizamos a conversão

Anotando a seqüência de vai-um (carry) na ordem de cima para baixo, temos: 1001
Portanto, 0.562510 = 0.10012

No entanto, é mais comum nunca zerarmos a fração seguinte da multiplicação.
Neste caso, devemos parar as multiplicações quando atingirmos uma certa precisão desejada.

Exemplo II
67.57510

Parte inteira = 6710 = 10000112
Parte fracionária = 0.5752

fração x 2 =  vai-um + fração seguinte
0.5750 x 2 = 1 + 0.1500
0.1500 x 2 = 0 + 0.3000
0.3000 x 2 = 0 + 0.6000 <--- esta fração e suas subseqüentes serão repetidas em breve. 0.6000 x 2 = 1 + 0.2000 0.2000 x 2 = 0 + 0.4000 0.4000 x 2 = 0 + 0.8000 0.8000 x 2 = 1 + 0.6000 <--- a partir daqui repetimos a fração 0.6000 e suas subseqüentes 0.6000 x 2 = 1 + 0.2000

Ou seja, entramos em um ciclo sem fim. Escolhemos uma precisão e finalizamos o processo quando esta precisão for atingida, então na ordem de cima para baixo, temos: 100100112

Soma de Binários

0+0=0
0+1=1
1+0=1
1+1=10, ou seja 0 e vai 1* (para somar ao digito imediatamente à esquerda)

Para somar dois números binários, o procedimento é o seguinte:

Exemplo 1:

     *
1100
+ 111
-----
= 10:P

Explicando: Os números binários são base 2, ou seja, há apenas dois algarismos: 0 (zero) ou 1 (um). Na soma de 0 com 1 o total é 1. Quando se soma 1 com 1, o resultado é 2, mas como 2 em binário é 10, o resultado é 0 (zero) e passa-se o outro 1 para a "frente", ou seja, para ser somado com o próximo elemento, conforme assinalado pelo asterisco.

Exemplo 2:

    **
1100
+ 1111
-----
= 11011

Explicando: Nesse caso acima (exemplo 2), na quarta coluna da direita para a esquerda, nos deparamos com uma soma de 1 com 1 mais a soma do 1 ( * ) que veio da soma anterior. Quando temos esse caso (1 + 1 + 1), o resultado é 1 e passa-se o outro 1 para frente.

Subtração de Binários

0-0=0
0-1=1 e vai 1* para ser subtraido no digito seguinte
1-0=1
1-1=0

Para subtrair dois números binários, o procedimento é o seguinte:

      * ***
1101110
- 10111
-------
= 1010111

Explicando: Quando temos 0 menos 1, precisamos "pedir emprestado" do elemento vizinho. Esse empréstimo vem valendo 2 (dois), pelo fato de ser um número binário. Então, no caso da coluna 0 - 1 = 1, porque na verdade a operação feita foi 2 - 1 = 1. Esse processo se repete e o elemento que cedeu o "empréstimo" e valia 1 passa a valer 0. Os asteriscos marcam os elementos que "emprestaram" para seus vizinhos. Perceba, que, logicamente, quando o valor for zero, ele não pode "emprestar" para ninguém, então o "pedido" passa para o próximo elemento e esse zero recebe o valor de 1.

Multiplicação de Binários

A multiplicação entre binários é similar à realizada com números decimais. A única diferença está no momento de somar os termos resultantes da operação:

          1 0 1 1
x 1 0 1 0
---------
0 0 0 0
+ 1 0 1 1
+ 0 0 0 0
+ 1 0 1 1
---------------
= 1 1 0 1 1 1 0
*


Perceba que na soma de 0 e 1 o resultado será 1, mas na soma de 1 com 1, ao invés do resultado ser 2, ele será 0 (zero) e passa-se o 1 para a próxima coluna, conforme assinalado pelo asterisco. Nota que se a soma passar de 2 dígitos, deve-se somar o número em binário correspondente ( ex. 4 = 100, 3 =11).
            1 1 1
x 1 1 1
---------
1 1 1
+ 1 1 1
+ 1 1 1
---------------
= 1 1 0 0 0 1


No caso, a terceira coluna a soma dá 4 (com mais um da anterior), que adiciona um "1" duas colunas depois (100).

Divisão de Binários

Essa operação também é similar àquela realizada entre números decimais:

   110 |__10__
- 10 11
--
010
- 10
--
00

Deve-se observar somente a regra para subtração entre binários. Nesse exemplo a divisão de 110 por 10 teve como resultado 11.




Inscrições para Enem 2008 começam em 5 de maio

As inscrições para a edição 2008 do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) começam em 5 de maio e vão até o dia 30 do mesmo mês, segundo informou o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

As provas serão aplicadas em 31 de agosto, em cerca de 1.400 municípios. A expectativa é a de que pelo menos 3 milhões de estudantes participem dos testes.

As médias por município e por escola do Enem 2007 estão disponíveis no site do Inep. Nesse ano, participaram 21.242 escolas. Dessas, 15.192 eram estaduais, 136 federais, 512 municipais e 5.402 particulares.

A consulta pode ser feita por município, por localização da escola (rural ou urbana), por dependência administrativa (particular, federal, estadual ou municipal) e por modalidade de ensino (ensino regular, educação profissionalizante e educação de jovens e adultos). A divulgação inclui as médias objetivas e de redação dos estudantes.

MÉDIAS GERAIS

Ano Objetiva Redação

200751,5255,99
200636,9052,08
200539,4155,96
200445,5848,95
200349,5555,36
200234,1354,31
200140,5652,58
200051,8560,87
199951,9350,37
1998---46,00

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Ábaco

A origem do instrumento


Com a invenção da base, a contagem se ampliou para os grupos. Além das unidades, contam-se, agora, os grupos de unidades. A abstração numérica se expandiu para a correspondência entre a pedrinha e o grupo.

O núcleo do pensamento da base, a abstração que precisa sempre ser lembrada para quem está contando utilizando essa técnica, é o número que constitui o agrupamento. Ele nunca aparece em lugar nenhum. Só na mente.

Se um povo decidir que a sua base é 5, todos deverão ter esse número em mente quando forem fazer as contagens. Um pastor, na contagem de seu rebanho, amontoa as pedras.





E indica no ábaco.





Para um povo que combinar seis como base, a mesma quantidade anterior terá representação diferente no ábaco(areia, em árabe):





O povo que combinar base sete obterá também outra representação para a mesma quantidade:





O mesmo número tem representações diferentes. Isso acontece porque a base escolhida é diferente.

A posição

O ábaco, a representação com pedrinhas na areia, também constitui uma abstração numérica. Cada risco que é feito à esquerda indica que foram feitas contagens de base à direita.

Assim, a representação feita com a base quatro no ábaco





indica que, à direita, foram contados dois grupos de quatro





E que, à direita novamente, foram contados nove grupos de quatro. Ou seja, a contagem das bases partiu originalmente de 37 unidades.





A posição da pedrinha é uma abstração, uma convenção coletiva que precisa ser lembrada por todo aquele que vai operar no ábaco: uma pedrinha à esquerda do risco significa que, à direita, formou-se um grupo de base pedrinhas.

A primeira máquina de calcular

Os sistemas de numeração como o dos romanos foram inventados para registrar os números. Eles eram inúteis para fazer as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão no papel, como fazemos hoje. Como fazer a adição de XXXVIII e MX? Para resolver esse tipo de problema, surgiu o ábaco.

O ábaco (que quer dizer áreia, em árabe) é uma tábua com divisões em linhas ou colunas paralelas, que separam as ordens de um sistema de numeração. A representação de quantidades se faz colocando-se sobre uma ordem a quantidade de pedras a ela correspondente.

A origem do ábaco está ligada à evolução dos conceitos de contagem.

Para representar o número 325, por exemplo, no ábaco, basta que coloquemos nos colunas tantas pedras quantas unidade têm em cada ordem:




O ábaco primitivo dos romanos era assim:




O algarismo hindu

A idéia do ábaco era simples: para cada ordem uma coluna. Com isto a ordem era fixada numa determinada posição. Essa idéia tão simples, inspirada pelo ábaco, iria determinar o nascimento daquela que seria a mais revolucionaria e importante escrita numérica: a escrita hindu.

Na Índia desse período iniciou-se um ciclo de produção matemática que marcaria, por sua riqueza e criatividade, quase todos os ramos do pensamento matemático.

O ábaco dizia para cada ordem uma só coluna. E os matemáticos hindus imaginaram: para cada ordem um só algarismo. E inventaram os algarismos que praticamente são os que usamos hoje. Dessa forma, a escrita numérica consegue, com apenas dez símbolos - 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 - escrever todos os infinitos números que o cérebro humano pode imaginar.

Escrita posicional

Trata-se da escrita posicional desenvolvida em sua máxima simplicidade, simplicidade esta que maravilharia o matemático francês Laplace, o grande matemático do império de Napoleão:

"Devemos à Índia o engenhoso método de exprimir todos os números por meio de dez símbolos, cada qual portador, tanto de um valor de posição, como de um valor absoluto, invenção tão notável, mas tão simples, que nem sempre lhe reconhecemos o mérito."

Fonte: www.uol.com.br / Artigo de Roberto Moisés e Luciano Castro Lima