Rio - Marca e modelo do processador, quantidade de memória RAM, capacidade do disco rígido (HD), tamanho da tela de LCD, tempo de autonomia da bateria, sistema operacional. O que é mais importante na hora de comprar um notebook? A pergunta atormenta consumidores que pensam em investir o 13º num computador portátil. Se você escolheu apenas uma das opções, está enganado.
Segundo as fabricantes de processadores Intel e AMD, o consumidor deve buscar uma configuração equilibrada e que atenda suas necessidades. Ou seja, antes de fechar negócio, vale a pena avaliar o equipamento como um todo e ter mente o que se espera da máquina. “Às vezes o consumidor compra um equipamento com configuração baixa e depois se arrepende. Com 512 de RAM, por exemplo, ele não vai usufruir de todos os recursos do Windows Vista”, explica Marcelo Gonçalves, gerente de produto da Intel para América Latina. O resultado é que o consumidor acaba se decepcionando. Optar por uma configuração desequilibrada, como um processador topo de linha, pouca memória RAM e HD pequeno, também pode resultar em frustração. “É preciso balancear a máquina. Não adianta comprar um Dual Core com pouca memória RAM”, avalia Roberto Brandão, gerente técnico da AMD.
Ao contrário dos desktops, os notebooks são menos flexíveis, o que leva os fabricantes a buscar configurações para usuários iniciantes, intermediários e avançados. Cada fabricante oferece uma família de processadores para cada um desses perfis. Em ordem crescente de performance e preço, são eles: Celeron, Pentium Dual Core e Core 2 Duo, da Intel; Sempron, AThlon 64 x 2 e Turion X2, da AMD.
Pensar que a velocidade do clock por si só é sinônimo de melhor performance também é um engano. As novas arquiteturas de processadores derrubaram essa idéia. “Um processador de 2GHz feito com tecnologia de 45 nanômetros é de 15% a 30% mais rápido do que um de 2GHz e 65 nanômetros”, explica Marcelo Gonçalves.
O tempo de bateria também é vital, principalmente para quem busca mobilidade. Vários fatores interferem no consumo. O processador responde em média por 15% do gasto de energia. Quanto maior o clock, maior o gasto. Por outro lado, quanto mais memória RAM, menor o consumo. “A diferença é menor quando se compara máquinas com 3GB e 4GB de RAM, mas significativa se a comparação for entre 1GB e 2GB”, diz o especialista da AMD. Trocar o HD por memória SSD também reduz o consumo; contudo, memórias SSD são até 15 vezes mais caras. É bom lembrar que notebooks com mais bateria acabam ficando mais pesados. Alguns chegam a abrir mão do drive de DVD a fim de dar espaço para uma bateria sobressalente. As mais modernas são de íon-lítio. Melhor evitar as do tipo NiMH, que são sujeitas ao efeito memória.
Alguns itens já são padrão, como entradas USB (para pendrives e outros spositivos), gravador de DVD e conexão Wi-Fi. Atenção aos padrões: 80211.b e 80211.g são homologados e aceitos internacionalmente. Já o 802.11n, que tem maior alcance e pode ser até 5 vezes mais rápido, ainda não. Um notebook que só tenha 802.11n pode ficar sem acesso à Internet.
Quem é quem no PC
O ideal é que o consumidor conheça os componentes principais do equipamento e suas funções, encontre o seu perfil de usuário e depois escolha o notebook. E para isso não é preciso ser especialista. Vamos a eles. O processador é o cérebro do computador. Sua performance depende não apenas da velocidade de processamento, mas de outros componentes, como memória RAM e HD. É na memória RAM que são carregados os programas em execução e os dados. A memória RAM é volátil, ou seja, as informações são perdidas quando o computador é desligado. Para gravar as informações é preciso um suporte não voltátil, como o disco rígido. “Um computador menos de 2GB de memória RAM e 120 GB de disco pode não ser suficiente daqui a um ou dois anos. O consumidor deve avaliar se não é melhor gastar um pouco mais nas prestações e ter um equipamento com mais tempo de vida útil”, analisa Marcelo Gonçalves, gerente de produto da Intel para América Latina. Vale lembrar que fazer upgrades em notebooks é mais complicado e caro do que em desktops.
O consumidor também deve ficar atento para não levar netbook, como Asus EeePC e Positivo Mobo, no lugar do notebook. Às vezes anunciados como notebooks ou laptops, essas máquinas são projetadas para tarefas básicas e acesso à Internet, e podem acabar decepcionando quem espera um equipamento completo.
(Marcos Mendes - Jornal O Dia)
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