O executivo-chefe do Yahoo!, Jerry Yang, disse na segunda-feira (5) que ainda está aberto a um possível acordo com a Microsoft e que foi a empresa de softwares que decidiu abandonar as negociações.
"Nunca dissemos que havia um preço para pegar ou largar", disse Yang ao jornal "Financial Times".
A retirada da oferta da Microsoft pelo Yahoo! aconteceu após as empresas não alcançarem um acordo sobre o preço da negociação, que durou cerca de três meses.
Em reunião ocorrida no sábado (3), o Yahoo! concordou em reduzir o preço pedido pela empresa para US$ 53 bilhões (US$ 37 por ação). Contudo, o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, já havia ressaltado que a sua empresa estava disposta a pagar o máximo de US$ 47,5 bilhões (US$ 33 por ação).
"Nós estávamos negociando uma forma de encontrar um terreno comum e no sábado eles decidiram desistir", disse Yang.
Ele também afirmou que o Yahoo! deixa uma porta aberta para novas conversas. "Se eles tiverem alguma coisa nova para discutir, nós estaremos abertos. E eu estou mais do que disposto a ouvir."
As ações do Yahoo! caíram 15% na segunda-feira, no primeiro dia de funcionamento do mercado após a Microsoft retirar sua oferta.
Yang corre o risco de ser duramente criticado na assembléia de acionistas, já que muitos criticaram sua decisão de rejeitar o negócio e destacaram que aceitariam até US$ 34 ou US$ 35 por ação.
Na assembléia, que acontece no dia 3 de julho, o fundador e executivo-chefe da empresa deve defender sua estratégia de negociação com a Microsoft.
Yang disse que tem conversado com diversos acionistas desde sábado e suas reações com o fim das negociações tem sido diversas, desde desapontamento a apoio.
"Existe alguns que estão desapontados com o fim o negócio e existe outros que estão provavelmente satisfeitos por não termos fechado o negócio a US$ 33", disse ele. "O fundo do poço é que nós fomos para negociar honestamente e com boa vontade e eles foram embora. Nós não fomos embora".
"Minha visão é que nós estamos seguindo em frente e eles disseram que estão seguindo em frente", disse.
(Com Reuters e France Presse)
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