sexta-feira, 29 de maio de 2009

Pentágono planeja comando militar para proteger ciberespaço

Objetivo é reformular salvaguardas para as redes de computação.
Obama deve detalhar criação de departamento na Casa Branca.

O Pentágono pretende criar um novo comando militar para proteger o ciberespaço, melhorando a preparação das Forças Armadas dos EUA para ações defensivas e ofensivas de guerra por computador, informou o jornal “New York Times” nesta sexta-feira (29).

Esse comando militar complementaria um esforço civil que o presidente Barack Obama deve anunciar nesta sexta-feira, no sentido de reformular as salvaguardas para as redes de computação no país, segundo o site do jornal.

Citando fontes oficiais, o “NYT” disse que o presidente vai detalhar na sexta-feira a criação de um departamento da Casa Branca para coordenar um bilionário esforço para restringir o acesso a computadores do governo e proteger os sistemas que administram as Bolsas dos EUA, liberam transações bancárias e integram o controle do tráfego aéreo.

O jornal disse ainda que o departamento civil será responsável pela coordenação entre as defesas do setor privado e do governo contra milhares de ataques virtuais realizados todos os dias contra os EUA, em geral por hackers, mas às

vezes por governos estrangeiros.

Fontes do governo disseram que Obama não falará sobre o plano do Pentágono na sexta-feira. Mas o presidente deve assinar nas próximas semanas um decreto sigiloso para criar o comando cibernético.

Espionagem

A necessidade de melhorar a segurança digital dos EUA ficou clara em abril, quando o “Wall Street Journal” afirmou que ciberespiões haviam invadido rede elétrica dos EUA e instalado softwares que poderiam afetar o sistema.

O jornal disse que os EUA já têm muitas armas no seu arsenal informático e devem preparar estratégias para usá-las como dissuasão, junto com armas convencionais, em diversos tipos de possíveis conflitos.

O Pentágono trabalhou durante meses numa estratégia para o ciberespaço, concluída há poucas semanas, mas cuja divulgação foi adiada devido a divergências a respeito da autoridade do departamento da Casa Branca e do orçamento para toda a iniciativa, segundo a reportagem.

(G1)


terça-feira, 26 de maio de 2009

Advogados do Pirate Bay pedem anulação de julgamento


Defesa alega que o juiz era membro de diversas associações de proteção de direitos autorais

Quatro homens condenados à prisão por violação de direitos autorais em conexão com o Pirate Bay, um dos maiores sites mundiais de troca gratuita de arquivos, deveriam passar por novo julgamento porque o juiz que os condenou era parcial, de acordo com alegações apresentadas a um tribunal nesta segunda-feira.

O fato de que o juiz Tomas Norstrom seja membro de diversas organizações que defendem a proteção dos direitos autorais deveria tê-lo desqualificado do caso, afirmou o advogado de um dos condenados, Carl Lundstrom, na petição encaminhada ao tribunal distrital.

"Tomas Norstrom foi parcial durante o julgamento... Além disso, ele negligenciou sua obrigação de informar os réus e seus advogados quanto aos fatos envolvidos nessa parcialidade", declarou Per Samuelson, o advogado de defesa, em documento obtido pela Reuters junto ao tribunal.

Um tribunal de apelação agora terá de decidir se o processo original será ou não reconduzido à primeira instância.

Norstrom é membro da Associação Sueca do Direito Autoral, organização cujo conselho inclui Peter Danowsky, que representou os setores de música e cinema no julgamento. Norstrom também é membros da Associação Sueca de Proteção à Propriedade Intelectual.

Carl Lundstrom e três outros homens conectados ao Pirate Bay foram sentenciados cada qual a um ano de prisão e indenização de 3,6 milhões de dólares, no começo de abril, por violação de direitos autorais.

O advogado de Lundstrom apelou na semana passada, solicitando que o tribunal de recursos mude o veredicto e cancele a ordem de indenização.

Também afirmou que o tribunal deveria consultar a Corte Europeia de Justiça em busca de uma decisão preliminar. Os quatro homens que respondem pelo Pirate Bay --Lundstrom, Peter Sunde, Gottfrid Svartholm Warg e Fredrik Neij-- foram acusados por um promotor sueco de conspiração para violar as leis de direitos autorais e crimes relacionados no começo do ano passado.

Empresas como a Warner Bros., MGM, Columbia Pictures, 20th Century Fox Films, Sony BMG, Universal e EMI solicitaram indenizações superior a 100 milhões de coroas (12 milhões de dólares), para cobrir receitas perdidas.