quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sistema livre criado em SC 'imita' Windows e faz sucesso

Guaramirim - Um sistema operacional livre produzido numa pequena cidade de Santa Catarina vem fazendo sucesso entre os internautas. O BRLIX já conta com cerca de 13 milhões de downloads em todo o mundo, menos de um mês depois de seu lançamento.

Criado por professores e alunos da Faculdade Metropolitana de Guaramirim (FAMEG), município de 30 mil habitantes localizado a cerca de 170 quilômetros de Florianópolis, o BRLIX GNU/Linux é a chamada "seqüência" de um projeto de pesquisa chamado FAMELIX, que já contou com 26 milhões de downloads em cinco idiomas.

O novo projeto, desenvolvido pela mesma equipe, conta com uma interface e recursos muito semelhantes ao Windows Vista. E nasceu com o objetivo de auxiliar no combate à pirataria e na inclusão digital de comunidades, segundo o professor David Emmerich Jourdain, alemão radicado no Brasil e um dos criadores do sistema.

"Vivemos diante de uma geração Windows. Muitas pessoas não conseguiram se familiar ao Linux devido aos seus comandos serem muito distintos", afirma. "Com o nosso software, utilizamos interfaces muito semelhantes, para que o usuário possa optar por softwares livres de forma natural".

O painel de controle e suas principais funções, o acesso às pastas e arquivos do computador e até a apresentação são realmente quase idênticos ao software da Microsoft. "Não competimos com o Windows, conhecido por 90% dos usuários de todo o mundo. Nos adaptamos para criar uma plataforma livre e convencer o usuário", diz o professor. "A diferença é que o BRLIX é de graça".

Segundo David, o software brasileiro apresenta alternativas que facilitam o aprendizado, além de permitir que usuários que já conhecem o Vista ou o XP não se sintam "perdidos" no novo sistema operacional. "Além de atender as necessidades da maioria dos usuários, o BRLIX pode reduzir sensivelmente os custos de iniciativas de inclusão digital, por exemplo, evitando o alto investimento em softwares proprietários", acrescenta.

Emmerich e os alunos criaram uma empresa, a Epidemus, para gerenciar a demanda do produto no mercado e continuar as pesquisas dentro da universidade. Eles já receberam boas notícias: redes de lojas como as Casas Bahia, no estado do Ceará, começaram a instalar o sistema nos notebooks vendidos na região. Contatos com fabricantes de computadores e celulares também estão sendo realizados, revela o professor, que se denomina anti-Windows por "ideologia".

O BRLIX chegou a derrubar um servidor da Universidade de São Paulo diante de quantidade de downloads de usuários. "Conseguimos que o governo de Santa Catarina nos cedesse um servidor para que os usuários baixem o sistema", explica.

"Não víamos muito sentido num projeto desenvolvido em nosso Estado estar disponível para download somente em servidores da USP", diz Paulo Luna, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da secretaria de Desenvolvimento Sustentável do estado catarinense. "Como temos grande interesse na área tecnológica, passamos a apoiar o projeto".

O BRLIX, que tem como símbolo uma arara azul, está disponível para dowload no site www.brlix.com.

A semelhança no nome com Asterix, o fanfarrão herói dos quadrinhos, não é mera coincidência. "Somos como os gauleses que arrumavam encrencas com todos os grandes impérios", brinca Emmerich.

As informações são do Terra

domingo, 23 de novembro de 2008

Nasa inicia testes para internet interplanetária

A Nasa (agência espacial norte-americana) informou que conduziu com sucesso o primeiro teste de uma nova rede de comunicações espaciais baseada na internet. De acordo com a agência, a idéia é criar uma internet interplanetária.

"Esse é o primeiro passo para criar um sistema totalmente novo de comunicações no espaço, uma internet interplanetária", afirma Adrian Hooke, gerente de arquitetura de comunicações espaciais. Engenheiros do JPL (Jet Propulsion Laboratory) utilizaram um sistema chamado Disruption-Tolerant Networking (DTN) para transmitir dezenas de imagens do espaço para uma sonda que está a 32 milhões de km da Terra --as imagens também "viajaram" no caminho inverso.

O sistema, que deve ser capaz de contornar problemas como atrasos, interrupções e quedas na conexão no espaço, foi desenvolvido em parceria com Vint Cerf, um dos "pais" da internet, que atualmente é vice-presidente do Google.

De acordo com a Nasa, o DTN utiliza um sistema diferente do TCP/IP, conjunto de protocolos de comunicação que regulam o funcionamento básico da internet. O DTN não prevê um fluxo contínuo dos dados da conexão de acordo com a agência, falhas podem ocorrer quando uma sonda passa por trás de um planeta.

Pelo sistema, é possível enviar dados a Marte com tempo entre 3,5 minutos e 20 minutos. "Hoje, a equipe precisa agendar manualmente cada link e gerar todos os comandos para especificar que dados enviar, quando enviar e para onde enviar", afirma Leigh Torgerson, gerente do DTN Experiment Operations Center no JPL. "Com a padronização do DTN, isso pode ser feito automaticamente."

A agência afirma que a "internet planetária" pode permitir novos tipos de comunicações no espaço, incluindo vôos complexos envolvendo várias sondas e garantir uma comunicação confiável com astronautas na Lua.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Aplicativo do iPhone permite buscas no Google via comando de voz

Por enquanto, ferramenta do Google ainda não está disponível no Brasil.
Usuário só precisa falar o que busca, em inglês, para ver resultados na tela.

O Google passou a oferecer nesta semana, aos usuários do iPhone nos Estados Unidos, um aplicativo de busca por voz. Com esse dispositivo, os resultados exibidos na tela do celular são iguais aqueles que apareceriam caso a palavra fosse digitada na caixa de buscas. Com a diferença que o usuário só precisa falar o termo que procura.

Segundo o engenheiro Mike LeBeau, da equipe de desenvolvimento do projeto, o objetivo é realizar buscas de forma mais rápida, com menos uso de botões.

A novidade está disponível somente em inglês dos Estados Unidos e ainda não é oferecida na App Store (loja de aplicativos da Apple) para usuários do iPhone no Brasil.

“Quando o aplicativo está rodando, você não tem de apertar nenhum botão para fazer buscas. Apenas segure o iPhone próximo à orelha, ouça o bipe e diga o que você está procurando”, explicou o Google, no texto de divulgação da ferramenta gratuita.

Também nos Estados Unidos, o aplicativo consegue identificar a localização do usuário do iPhone, relacionando a busca com a região. Se alguém de São Francisco disser “sessão de cinema”, os resultados serão referentes às salas de cinema dessa cidade. Os links apresentados mudam, se o usuário estiver em Nova York.

Engenheiro Mike LeBeau mostra as funcionalidades do novo aplicativo, que identifica regiões onde estão usuários dos EUA. (Foto: Reprodução )

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

USB 3.0 consegue transferir 25 GB em 70 segundos


Durante o Windows Hardware Engineering Conference (WinHEC) em Los Angeles, a Microsoft revelou as especificações da tecnologia USB 3.0, que serão totalmente mostrados na conferência SuperSpeed USB Developers, no dia 17 de novembro, em San Jose, Costa Rica.

A próxima geração de dispositivos USB, chamada 3.0, terá transferência de 5 Gigabits por segundo. A tecnologia deve chegar aos consumidores nos próximos dois anos eserá compatível com as versões 2.0 (padrão atual) e 1.1.

"A informática e os periféricos do futuro vão usar cada vez mais recursos visuais e consumir mais banda de transferência. O USB 3.0 é a resposta para isso", afirmou o Gerente de Negócios da AMD.

Enquanto a desenvolvimento do hardware está bem emcaminhado, a Microsoft trabalha para deixa a tecnologia compatível com os seus sistemas operacionais

"O nosso time de desenvolvedores está analisando qual sistema operacional suportará o USB 3.0. Nossa idéia é que a tecnologia seja compatível com a última versão do Windows Vista", explica Lars Giusti, diretor de desenvolvimento da MS.

Abaixo, uma comparação de performance de transferência de um filme em alta-definição, com 25 GB.

USB 1.1: 9.3 horas

USB 2.0: 13.9 minutos

USB 3.0: 70 segundos

Eletropaulo quer comercializar 'internet elétrica' no início de 2009

Tecnologia transforma tomadas domésticas em pontos de acesso.
Empresa investiu R$ 20 milhões para implantar essa tecnologia.

A AES Eletropaulo Telecom, subsidiária de infra-estrutura da distribuidora de energia de mesmo nome, discute com operadoras de telefonia os primeiros negócios para iniciar a oferta comercial de banda larga pela rede elétrica no primeiro trimestre de 2009.

A companhia de telecomunicações investiu R$ 20 milhões para implantar a tecnologia conhecida como Broadband Powerline (BPL), que permite o tráfego de dados em alta velocidade pela rede de energia. Com ela, cada tomada de uma casa pode passar a ser um ponto de rede, sem a necessidade de passar fios ou quebrar paredes, bastando conectar um modem na saída de energia.

Várias empresas de energia vêm testando o acesso à web pela rede elétrica, mas a regulamentação por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) só agora começa a dar seus primeiros passos.

Por isso, como explicou a diretora-geral da AES Eletropaulo Telecom, Teresa Vernaglia, a empresa implantou a estrutura, mas a condição para expandir o investimento "é ter a regulamentação", algo que ela espera que já tenha ocorrido até o primeiro trimestre do ano que vem.

Segundo a executiva, a tecnologia BPL, também conhecida por PLC (de Powerline Communication), é avaliada pela companhia há dois anos como forma de expandir a capilaridade da rede. "Os clientes nos pedem essa alternativa", disse ela a jornalistas nesta quinta-feira.

Hoje a rede da Eletropaulo Telecom tem 2 mil quilômetros de extensão em fibras ópticas cobrindo 4,5 milhões de domicílios e mais de 700 mil empresas na Grande São Paulo, mesma região onde está a distribuidora de energia.

Em novembro do ano passado a companhia ativou 20 prédios na região de Moema, na capital paulista, onde estão concentrados 1 mil domicílios. Hoje, 300 prédios estão ativados, com 15 mil domicílios "iluminados" pela fibra óptica. A companhia distribui o sinal de internet da fibra ótica por cabos de energia da rede de baixa tensão que, por sua vez, chega até cada tomada elétrica dos clientes.

Modelo de negócio

Como explicou a executiva, a Eletropaulo Telecom "vai manter o modelo de negócios atual", ou seja, só irá fornecer a infra-estrutura para operadoras e provedores e não vender para o consumidor final.

"Não temos intenção de competir com nossos clientes", disse ela. Por isso, a idéia é que as próprias operadoras comercializem esse tipo de acesso aos usuários.

Na avaliação de Teresa, o custo do BPL é competitivo com outras tecnologias de banda larga, como cabo, ADSL e WiMax, mas o preço para o consumidor vai ser política de cada operadora. Ela citou a facilidade de instalação e a rapidez no atendimento a novos clientes como diferenciais importantes dessa nova alternativa.

A rede pode chegar ao cliente de duas formas: através de um equipamento colocado no poste de transmissão de energia elétrica para que a fibra óptica seja distribuída na rede de baixa tensão ou através do próprio medidor de energia de um prédio, quando a fibra chegar até ele.

Segundo Teresa, os equipamentos instalados nos medidores de energia e os modems já estão homologados pela Anatel. A nova regulamentação da agência, explicou ela, vai permitir também a homologação do equipamento que vai no poste, o que facilitará a disseminação do serviço a um número muito maior de pessoas.

De acordo com a diretora, "nesse um ano de testes, não temos nenhum registro de interferência no sinal de internet, como costumava ocorrer anos atrás no início do uso do PLC”. Caso essas interferências ocorram em alguns casos, no uso simultâneo de aparelhos eletrodomésticos e acesso à internet, afirmou ela, existem filtros para as tomadas que corrigem o problema.

Capacidade
Teresa afirmou que o fato de oferecer essa infra-estrutura em uma região como a Grande São Paulo, onde existem outras alternativas, não tira o seu apelo porque "isso não quer dizer que a região está bem atendida".

Segundo ela, na região existem muitos bairros onde a capacidade das operadoras já está sobrecarregada, como Granja Viana, Morumbi, Alphaville e Alto da Boa Vista. Nesses casos, as operadoras ganham uma opção para atender ao público sem quebrar paredes ou ter de fazer novos investimentos em infra-estrutura, disse ela.

A banda larga pela rede elétrica é alvo de testes no Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e em localidades de periferia, como Barreirinhas, no Maranhão.

Tectoy anuncia novo videogame 100% brasileiro


Zeebo será lançado em julho de 2009 por R$ 599.
Jogos do console serão vendidos por download em loja virtual.

A Tectoy anunciou nesta quarta (12) o lançamento de um videogame 100% brasileiro, que deve chegar oficialmente ao mercado em julho de 2009. O Zeebo será fabricado em Manaus, tem previsão de preço de R$ 599, virá acompanhado de um controle e seis jogos na memória: "Fifa", "Brain challenge", Super action hero", "Prey evil", "Need for speed" e "Quake".

O videogame vai se conectar gratuitamente a uma rede própria (ZeeboNet) através de conexões 3G ou Edge (de telefonia celular), e a partir de então o jogador poderá comprar os jogos, que serão transferidos por download. Antes, porém, é preciso se cadastrar e comprar a moeda virtual (Z-Credits) - seja por boleto bancário, cartão de crédito, débito bancário ou cartões pré-pagos. Os créditos serão descontados do cadastro conforme o usuário comprar os jogos.

O preço dos games vai de R$ 9,90 (catálogo) a R$ 29,90 (lançamentos especiais), e também será possível baixar gratuitamente versões de demonstração de alguns games.

A previsão da Tectoy é que até março de 2009 existam 19 jogos no catálogo do Zeebo, número que pode chegar a 51 até dezembro.

Fernando Fischer, diretor-executivo da empresa, diz que o objetivo é fazer do Zeebo a quarta plataforma do mercado, dividido atualmente entre Xbox 360 (Microsoft), Wii (Nintendo) e PlayStation (Sony).

Fernando deixa claro que uma das prioridades da Tectoy é conscientizar o consumidor contra a pirataria. Os jogos do Zeebo não podem ser copiados para outras mídias, nem transferidos de um videogame para outro.

Produtoras como Electronic Arts, Namco, Capcom, Activision, Sega e id estão na lista de parceiros na produção de jogos para o videogame.

O foco da empresa, no entanto, não é o jogador "hardcore", mas o público jovem da classe média que começa a ter contato com os games. Depois de ser lançando no Brasil, o Zeebo será licenciado para outros países, com prioridade para os "mercados emergentes", segundo a empresa.

Reinaldo Normand, gerente-geral da Tectoy Mobile, diz que a qualidade gráfica dos jogos pode se aproximar do padrão de PlayStation 2 - mas sem as "cutscenes", trechos renderizados em computação gráfica. No catálogo de jogos previstos para março de 2009 aparecem clássicos como "Double dragon", "Virtua tennis", "Ridge racer" e "Quake II".

O Zeebo receberá atualizações gratuitas, que serão enviadas ao jogador através de download. O videogame vai ganhar tocadores de música e vídeo, além de um controle com acelerômetro, que vai reconhecer os movimentos do jogador. O aparelho tem entradas USB e para cartão SD. Segundo Normand, também é possível que clássicos da Sega, parceira da Tectoy há 21 anos, sejam refeitos especialmente para o console.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tênis carregador de celular é atração em feira de ciências escolar

As engenhocas criadas por estudantes de escolas técnicas foram exibidas ao respeitável público ontem com abertura da feira de ciências Projetec Rio 2008. Simples ou mirabolantes, as invenções chamaram a atenção dos mais de 5 mil visitantes que foram à Escola Técnica Visconde de Mauá, em Marechal Hermes. João Victor Pedrosa, 19 anos, pensou na invenção perfeita para quem fala muito ao celular e fica na mão quando a bateria acaba. Agora, com o Tênis Carregador de Celular é só plugar, andar e falar. “A energia gerada enquanto eu ando é transformada em energia elétrica para carregar o aparelho. Só uni o útil ao agradável, explica o estudante de eletrônica da Escola Técnica Electra, também criador do volante que desperta motorista sonolento.

Outra invenção que orgulhava os professores era o Same, Sistema de Auxílio Médico de Emergência. Segundo colocado na 23ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia com representantes de 17 países, o projeto foi desenvolvido para auxiliar socorristas. “Criamos um leitor de impressão digital que dará toda a informação necessária sobre o acidentado, como foto, tipo sangüíneo e alergias. Assim, será possível evitar lesões por demora ou erro de atendimento”, orgulha-se Bruno do Amaral, 19, um dos alunos da Escola Técnica Rezende-Rammel. A feira vai até amanhã, entre 14h e 21h.

(Jornal O Dia Online)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Emprego: um currículo vencedor está ao seu alcance

Mas o visual, embora importante, está longe de ser tudo. O visual pode ser eliminatório, mas é o conteúdo que é classificatório, e faz a diferença entre os currículos que vão para o cesto de reciclagem, o banco de talentos ou a lista selecionada para a entrevista.

E é por isso que hoje vamos ver 8 dicas para aperfeiçoar o conteúdo de seu currículo em poucos minutos. Vamos a elas:

O que escrever no currículo

Partindo do seu currículo atual, já de boa qualidade e criado pessoalmente ou com um modelo de currículo, eis os pontos de atenção para melhorá-lo:

  1. Apresente resultados, e não só responsabilidades
    Sim, você foi o responsável pela área tal, e coordenou o grupo de trabalho XYZ. Mas o que você realizou enquanto estava por lá? Reduziu em 20% o tempo de parada da linha de produção? Aumentou em 5% a margem de lucro? Desenvolveu um novo método de seleção de fornecedores? Diga isso em uma frase curta (uma linha ou menos), e deixe os detalhes para contar na entrevista!


  2. Mencione explicitamente as promoções importantes
    Quando você avança na carreira por seus próprios méritos, tem um indicativo de que fez um bom trabalho e mereceu a atenção de seus superiores. Isso é algo que cai bem no currículo. Mas não mencione todas as promoções, nem as que tenham sido automáticas ou por tempo de atividade - selecione as essenciais, e informe a razão, quando relevante.

  3. Faça caber em uma página
    Objetividade é uma qualidade valiosa. Demonstre a sua, colocando na única página de seu currículo todas as informações necessárias para que em uma rápida olhada de 15 segundos (e muitas vezes o responsável pelo filtro inicial não dedica mais tempo do que isso) o avaliador possa saber que vale a pena chamá-lo para uma entrevista. A não ser que o currículo esteja sendo escrito para ser arquivado - neste caso, aí você pode se alongar, mencionando a lista completa de artigos, certificados, todos os colégios em que estudou, todos os cursos complementares, etc.

  4. Cuidado com a discriminação
    Oficialmente ou não, muitos avaliadores aplicam critérios preconceituosos quanto a idade, sexo, crença e vários outros. A não ser que seja exigido explicitamente, que tenha relevância direta para a vaga pretendida, ou que você considere que a informação conta a seu favor, não insira fotografia, data de nascimento, religião, time de futebol ou qualquer outra informação que possa ser origem de discriminação. Para prevenir a discriminação por idade, pode fazer sentido não mencionar atividades ou cursos muito antigos - desde que você tenha outros mais recentes para mencionar, é claro. Mantenha em foco a demonstração de sua competência, e em ser chamado para a entrevista.

  5. Não use mal os “interesses adicionais”
    É cada vez mais comum incluir no currículo uma menção aos interesses extra-profissionais do candidato: um hobby, esporte, atividade filantrópica, arte, etc. Saiba que os selecionadores prestam atenção a isso, mas de uma forma que pode ser cruel: eles formam um rótulo mental sobre você, a partir dos interesses mencionados. É como um carimbo, que diz: “SENSÍVEL”, se o candidato é pintor; “COMUNICATIVO”, se faz teatro; “PERSISTENTE”, se é faixa preta em judô, e assim por diante. Fale apenas a verdade, mas pense em qual rótulo mental será aplicado a você dependendo do que você compartilhar.

  6. Remova o excesso de design
    A não ser que você seja mesmo um tipógrafo, artista ou designer, seu currículo deve se destacar pelo equilíbrio visual, sem perder a sobriedade. Não exagere.

  7. Verifique de novo a ortografia
    E a gramática. E o estilo. E a ordem de priorização das informações. E a sobriedade do visual. Quando terminar, peça a mais alguém - em cujo julgamento você confie - que verifique mais uma vez para você.

  8. Verifique mais uma vez todos os seus contatos
    Todo número de telefone mencionado no currículo deve funcionar regularmente - e ser atendido. Todo endereço de e-mail deve ter aparência de profissional, funcionar bem, e ser lido com regularidade. Será uma pena deixar de receber uma resposta positiva porque o telefone não é atendido, ou porque o e-mail não funciona, ou classifica como spam as mensagens legítimas. E será pior ainda se o empregador não conseguir chamá-lo para a entrevista porque suas informações de contato estão erradas ou desatualizadas em seu banco de currículos.

Já analisei minha cota de currículos e posso afirmar que, embora os currículos com erros de ortografia e com excesso de design sejam irritantes, e os com excesso de informação, ou com foco nos aspectos errados, possam prejudicar a avaliação do candidato, não há nada mais frustrante do que selecionar uma pessoa e não conseguir chamá-la para a entrevista porque as informações de contato dela estão erradas no currículo.

Quando se trata de participar de um processo seletivo para uma vaga concorrida, o currículo tem importância estratégica. Podemos assumir como verdade que muitos serão descartados sem uma leitura integral.

Também podemos assumir como provável que alguns dos currículos descartados corresponderão a candidatos que teriam potencial para serem considerados para a vaga, mas o avaliador preliminar desistirá de lê-lo antes de encontrar a informação relevante que o faria tomar a decisão certa.

É por isso que você deve preparar o currículo especialmente para cada vaga que pleiteia, ou para cada empresa que aborda, e deve dar bastante atenção ao destaque das informações relevantes para aquela colocação específica.


Um modelo de currículo “tradicional”, recomendado ainda hoje por um grande site de empregos nacional - não caia nessa!

As agências e os sites de emprego continuam empurrando a seus clientes e usuários os mesmos modelos de currículos que nossos pais usaram na década de 70 (datilografado com capricho!), em 3 páginas, com uma série de informações desnecessárias (caso a empresa resolva contratá-lo, aí sim ela lhe pedirá o seu número do PIS…) para a análise, e deixando em segundo ou terceiro plano o que poderia ser o seu diferencial - algo que pode fazer muita diferença caso o seu avaliador tenha uma pilha suficientemente grande de candidatos e decida descartar o seu currículo antes de lê-lo na íntegra.

Hoje faremos uma abordagem diferente e prática: como dar destaque às informações mais relevantes do seu currículo, de maneira sóbria e discreta, para aumentar a chance de ser colocado na lista dos que serão chamados imediatamente para a entrevista, e não na dos que irão ser arquivados no banco de talentos! Já tratamos de forma mais profunda do assunto anteriormente em várias ocasiões, e você pode ver as dicas, modelos e exemplos de currículos aqui do Efetividade.net nos links ao final deste artigo.

Usaremos apenas recursos comuns do editor de texto, como colunas, quadros, tabelas e formatação simples (negrito, etc.). Cada uma das alterações abaixo pode ser feita em 15 minutos, se você souber usar as ferramentas básicas do seu processador de texto.

O objetivo é mostrar como você pode se diferenciar sem exagerar. Não dei atenção especial ao design (contraste, alinhamento, etc.) - portanto, se você estiver concorrendo a uma vaga de designer, passe longe destes modelos, pois além de você precisar se destacar com um currículo original, os recursos e a formatação empregados estão longe da perfeição estética.

Mas para a maioria das carreiras e vagas, usar um modelo destes será mais do que suficiente para destacá-lo entre uma pilha de currículos sem vida e sem diferenciação.

Começando pelo começo

Você provavelmente já tem um currículo-base, portanto é hora de localizar o arquivo e abri-lo. Nós vamos partir do exemplo abaixo, de currículo resumido que cabe em uma página:


Nosso popular modelo de currículo básico

Trata-se do modelo de currículo mais popular aqui do Efetividade.net, acessado mais de 10.000 vezes todos os dias. O Marcos José Penteado, personagem fictício que criei para esta série de artigos, deve estar orgulhoso!

Na minha avaliação, este modelo em si já se destacaria da média em muitas seleções - já avaliei currículos suficientes na vida para saber que predominam os modelos em fonte default, 100% em maiúscula, com diagramação estranha, xerox de má qualidade, em 3 páginas grampeadas, com bastante informação irrelevante para a análise.

Mas sempre há possibilidade de avançar, certo? Note que há bastante espaço em branco no lado esquerdo da folha. Que tal colocá-lo em uso com uma coluna para destacar as informações mais importantes? Basta abrir uma coluna e inserir o texto (sem removê-lo de onde ele já se encontra - o objetivo é aumentar a chance de o avaliador chegar a perceber estas características, mesmo sem ter de ler tudo). Ficaria assim:


Modelo 4 - download: formato OpenOffice, formato Word

Que tal? Estamos apenas começando, mas já é uma alternativa viável. Note que a coluna da direita, mais larga, contém 100% do texto do modelo anterior no qual nos baseamos, e usa o mesmo tamanho de fonte do original. A coluna da esquerda, com fonte maior e entrelinhamento largo, usa apenas espaço que já estava livre, e foi redistribuído. Aproveitei para aumentar também a fonte do nome do Marcos J. Penteado, dando mais equilíbrio e destaque. Os links para download estão logo abaixo das imagens.

Para incrementar um pouco mais, sem exagerar nos enfeites, podemos fazer uso de uma cor de preenchimento e alterar o alinhamento para deixar um pouco mais clara a diferenciação entre as duas colunas. Assim:


Modelo 5 - download: formato OpenOffice, formato Word

Para fazer o efeito de cor diferenciada, inseri um quadro sem borda na coluna esquerda, e aí mudei os atributos do texto. Sobrou um pouco de espaço, então incluí um destaque adicional para as informações de contato (sempre completas e atualizadas!) no rodapé da coluna esquerda. Os links para download estão logo abaixo das imagens.

Mas naturalmente esta não é a única possibilidade. Veja esta outra alternativa, com bullets em forma de seta, e dois níveis diferentes de destaque:


Modelo 6 - download: formato OpenOffice, formato Word

Aproveitei para destacar (em negrito na coluna esquerda) os 2 itens mais relevantes para uma determinada vaga.

Só que a coluna lateral não é a única possibilidade - basta esticar e puxar um pouco os limites do texto, e podemos abrir espaço para um quadro horizontal que vai quase até a metade da folha, mantendo a íntegra do restante do texto abaixo dele. Veja:


Modelo 7 - download: formato OpenOffice, formato Word

A partir destes modelos, é fácil chegar a outros. Por exemplo, se adicionarmos os bullets em forma de seta do modelo 6 à coluna básica do modelo 4, o visual muda bastante:


Modelo 8 - download: formato OpenOffice, formato Word

Claro que não dá de mudar apenas os bullets: foi necessário mexer com as margens também.

Agora crie seu próprio modelo

Como dizia a antiga propaganda de cereal, existem mil maneiras de preparar seu currículo - invente uma!A esta altura creio que já ficou claro que basta usar os recursos mais comuns do seu processador de texto para ter grandes variações no seu resultado final.

Os links para download dos modelos criados para este artigo estão logo abaixo das imagens, e sinta-se à vontade para usá-los no seu currículo. Mas o ideal é que você, tendo percebido como é simples, monte o seu próprio modelo original, e use-o com confiança.

Uma observação: é possível que os arquivos em formato DOC apareçam ligeiramente desformatados. Eles foram exportados a partir dos originais em formato padrão ISO (do OpenOffice), e às vezes algum detalhe se perde. Recomendo usar as versões no formato do OpenOffice.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Saiba como 'emprestar' seu computador para projetos científicos

Computação voluntária aproveita tempo ocioso de máquinas domésticas.
Mesmo não tendo computador robusto ou banda larga, é possível ajudar.

Mesmo acreditando que seu PC não chega nem perto de ser tão rápido quanto deveria, saiba que ele pode, sim, ser considerado um supercomputador -- ou pelo menos parte disso. Essa é a proposta dos sistemas de computação distribuída, também conhecidos como computação voluntária, que utilizam a capacidade de milhares de máquinas ociosas espalhadas pelo mundo para processar grandes quantidades de informação. Ao “quebrar” pacotes de dados e enviá-los para diferentes usuários, é possível processá-los simultaneamente, reduzindo os custos e também o tempo gasto com estudos.

Apesar de alguns desses projetos para causas coletivas exigirem computadores robustos de grandes centros de pesquisa, a maioria deles se contenta com o que seu computador pessoal -- seja de casa ou do trabalho --- tem a oferecer. Assim, se você já fosse voluntário, poderia sair agora da frente do computador para tomar um lanche e voltar mais tarde com a sensação de ter contribuído para resolver uma grande questão da humanidade.

A computação voluntária é freqüentemente chamada de grid computing, mas este segundo termo é mais específico para o uso de capacidade ociosa dentro de organizações, e não de computadores pessoais. Por realizarem o processamento quando as máquinas dos voluntários estão ligadas, mas não em uso, essas iniciativas teoricamente não tornam os PCs mais lentos.

Quando combinada, a capacidade de processamento de computadores pessoais pode trazer resultados impressionantes. O projeto World Community Grid, por exemplo, já registrou mais de 1 milhão de computadores que realizaram, nos últimos quatro anos, o equivalente a 188 mil anos de processamento de dados em diversas áreas.

Voluntários dessa comunidade doam, a cada semana, o equivalente a 1,4 mil anos do tempo de suas máquinas para pesquisas sobre o combate ao câncer, à Aids e à dengue, além de análises relacionadas a um arroz mais nutritivo e ao dobramento de proteínas. Esse último assunto também é foco de outro grande projeto de computação voluntária, o Folding@home, com o qual a Universidade de Standford pretende entender o dobramento de proteínas e as doenças relacionadas ao assunto.

“Essa alternativa é mais eficaz que o uso de um supercomputador. Essas grandes máquinas têm geralmente 5 mil processadores, sendo que cada um deles é surpreendentemente mais lento do que os chips de computadores domésticos atuais. Além disso, a capacidade de supermáquinas é compartilhada entre diferentes projetos. Mesmo um supercomputador seria cerca de cem vezes mais lento do que o nosso sistema”, diz o Folding@home, que usa a capacidade de 350 mil processadores de voluntários.

A iniciativa distribui o processamento entre máquinas com sistemas operacionais Windows (contribuição de 219,1 mil processadores no total), Linux (32,9 mil) e Mac (15 mil), além de usar a capacidade de consoles PlayStation 3 (62,9 mil) e das placas de vídeo Nvidia (13,5 mil) e ATI (4,5 mil). Os projetos de grid computing rodam em máquinas ociosas, desde que elas estejam ligadas.

Projeto LHC aceita contribuição de usuários domésticos e também de grandes centros de pesquisa. Foto mostra o centro de grid computing, na Suíça, que reunirá informações de 140 centros de computação, espalhados por 33 países. Objetivo é processar mais de 15 milhões de gigabytes de dados a cada ano. (Foto: AFP)


Como escolher

Uma busca na internet traz muitos projetos de computação voluntária, de diferentes áreas. Além das alternativas já citadas, é possível contribuir com o LHC (Grande Colisor de Hádrons), com a previsão do clima, com pesquisas sobre estrelas de nêutrons, com a busca por inteligência extraterrestre, com estudos sobre malária, com a previsão de estruturas de proteínas e com a determinação de formas tridimensionais de proteínas, para citar alguns exemplos.

Antes de aderir a um desses projetos, é importante verificar o que eles exigem. O SETI@home, que busca inteligência extraterrestre, diz que voluntários de computadores “normais” (processador Pentium 4 de 2 GHz, por exemplo) devem rodar o programa pelo menos duas horas por semana. “Máquinas mais lentas também podem contribuir, mas precisam proporcionalmente de mais tempo”, diz. O Climate Prediction, por sua vez, busca participantes com qualquer tipo de acesso à internet, processador de 1,6 GHz, disco rígido com pelo menos 1 GB livre e memória RAM mínima de 256 MB.

Algumas iniciativas, como é o caso do Folding@home, aceitam usuários de máquinas com tipos muito diferentes de configuração. Assim, os voluntários podem escolher com quanto da capacidade de seus computadores querem contribuir.

Segundo Cezar Taurion, gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM, não é interessante para os projetos de computação distribuída exigirem computadores potentes ou conexão rápida à internet. “Quanto maior a quantidade de voluntários, melhor, pois o objetivo é formar uma grande comunidade de colaboradores. Muitas demandas em relação ao hardware ou à velocidade de banda restringem a participação de pessoas interessadas”.

Como a maioria dos usuários de computador pode contribuir, Taurion acredita que a afinidade com o tema do projeto seja o fator mais relevante na hora de fazer a escolha.

Mapa mostra onde estão os voluntários do Folding@home. Projeto diz que colaboradores estão em 2.605 localidades diferentes, espalhadas por 94 países. (Foto: Divulgação )

Salão do Automóvel exibe carro que dirige sozinho

Aerodinâmica do X-20 é inspirada nas linhas de um peixe (Foto: Daigo Oliva/G1)

Sistema autônomo permite com que veículo reconheça as linhas do asfalto.
Carro foi desenvolvido por professor e estudantes da FEI.

Foram sete meses de muito esforço para que os traços desenhados por Ricardo Bock, professor de engenharia mecânica automobilística da FEI, saíssem do papel e fossem parar no Salão do Automóvel de São Paulo. O resultado deste trabalho, que envolveu 27 alunos da instituição, é um roadster chamado X-20 com um sistema autônomo de direção que permite com que o carro ande sozinho, sem a intervenção do motorista.

Para que essa autonomia se tornasse possível, um grupo criou um software que permite com que o carro reconheça, por meio de uma câmera instalada entre os dois pára-brisas, as linhas do asfalto. E apesar dessa máquina atingir a velocidade máxima de 250 km/h, por questões de segurança, ela é reduzida para 20 km/h quando o sistema é ligado.

Com motor V8 7.0l de 32 válvulas – o mesmo usado no Corvette Z06 – o carro gera 550 cavalos a uma rotação de 6.300 giros. No entanto, até agora, Bock garante que ninguém teve o gostinho de pisar fundo no acelerador desta máquina.

Para Marcelo Miranda, aluno de engenharia mecânica automobilística, o mais desafiador durante o projeto foi se manter fiel aos traços desenhados. “O que deu mais trabalho foi pegar o desenho e fazer com que as peças ficassem idênticas a ele”, revela.

Com molde coberto de fibra de vidro e carbono e chassi de alumínio, o 20º carro experimental da FEI recebeu uma tinta especial cromada importada dos Estados Unidos, onde é usada em personalizações de carros de luxo.

Sem capota e com motor e suspensão à mostra, o esportivo é inspirado nas linhas de um peixe. Por fora, os visitantes poderão conferir também rodas transparentes e bancos inspirados em carros de competição. Mas, atenção: o professor Bock não permite que toquem em sua obra-prima. Qualquer encostadinha e ele pedirá que tire a marca de dedo com um chumaço de algodão.

Rodas transparentes e suspensão ficam à mostra (Foto: Daigo Oliva/G1)

Motor V8 7.0l de 32 válvulas é o mesmo usado no Corvette Z06 (Foto: Daigo Oliva/G1)