Empresa investiu R$ 20 milhões para implantar essa tecnologia.
A AES Eletropaulo Telecom, subsidiária de infra-estrutura da         distribuidora de energia de mesmo nome, discute com operadoras         de telefonia os primeiros negócios para iniciar a oferta         comercial de banda larga pela rede elétrica no primeiro         trimestre de 2009.
       
        A companhia de telecomunicações investiu R$ 20         milhões para implantar a tecnologia conhecida como Broadband         Powerline (BPL), que permite o tráfego de dados em alta         velocidade pela rede de energia. Com ela, cada tomada de uma         casa pode passar a ser um ponto de rede, sem a necessidade de         passar fios ou quebrar paredes, bastando conectar um modem na         saída de energia.
       
        Várias empresas de energia vêm testando o acesso à         web pela rede elétrica, mas a regulamentação por parte da         Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) só agora começa a         dar seus primeiros passos.
       
        Por isso, como explicou a diretora-geral da AES         Eletropaulo Telecom, Teresa Vernaglia, a empresa implantou a         estrutura, mas a condição para expandir o investimento "é         ter a regulamentação", algo que ela espera que já tenha         ocorrido até o primeiro trimestre do ano que vem.
       
        Segundo a executiva, a tecnologia BPL, também         conhecida por PLC (de Powerline Communication), é avaliada pela         companhia há dois anos como forma de expandir a capilaridade da         rede. "Os clientes nos pedem essa alternativa", disse         ela a jornalistas nesta quinta-feira.
       
        Hoje a rede da Eletropaulo Telecom tem 2 mil         quilômetros de extensão em fibras ópticas cobrindo 4,5 milhões         de domicílios e mais de 700 mil empresas na Grande São Paulo,         mesma região onde está a distribuidora de energia.
       
        Em novembro do ano passado a companhia ativou 20         prédios na região de Moema, na capital paulista, onde estão         concentrados 1 mil domicílios. Hoje, 300 prédios estão ativados,         com 15 mil domicílios "iluminados" pela fibra óptica.         A companhia distribui o sinal de internet da fibra ótica por         cabos de energia da rede de baixa tensão que, por sua vez, chega         até cada tomada elétrica dos clientes. 
Como explicou a executiva, a Eletropaulo Telecom "vai manter         o modelo de negócios atual", ou seja, só irá fornecer a         infra-estrutura para operadoras e provedores e não vender para o         consumidor final.
       
        "Não temos intenção de competir com nossos         clientes", disse ela. Por isso, a idéia é que as próprias         operadoras comercializem esse tipo de acesso aos usuários.
       
        Na avaliação de Teresa, o custo do BPL é         competitivo com outras tecnologias de banda larga, como cabo,         ADSL e WiMax, mas o preço para o consumidor vai ser política de         cada operadora. Ela citou a facilidade de instalação e a rapidez         no atendimento a novos clientes como diferenciais importantes         dessa nova alternativa.
       
        A rede pode chegar ao cliente de duas formas:         através de um equipamento colocado no poste de transmissão de         energia elétrica para que a fibra óptica seja distribuída na         rede de baixa tensão ou através do próprio medidor de energia de         um prédio, quando a fibra chegar até ele.
       
        Segundo Teresa, os equipamentos instalados nos         medidores de energia e os modems já estão homologados pela         Anatel. A nova regulamentação da agência, explicou ela, vai         permitir também a homologação do equipamento que vai no poste, o         que facilitará a disseminação do serviço a um número muito maior         de pessoas.
       
        De acordo com a diretora, "nesse um ano de         testes, não temos nenhum registro de interferência no sinal de         internet, como costumava ocorrer anos atrás no início do uso do         PLC”. Caso essas interferências ocorram em alguns casos, no uso         simultâneo de aparelhos eletrodomésticos e acesso à internet,         afirmou ela, existem filtros para as tomadas que corrigem o         problema. 
Segundo ela, na região existem muitos bairros onde a capacidade das operadoras já está sobrecarregada, como Granja Viana, Morumbi, Alphaville e Alto da Boa Vista. Nesses casos, as operadoras ganham uma opção para atender ao público sem quebrar paredes ou ter de fazer novos investimentos em infra-estrutura, disse ela.
A banda larga pela rede elétrica é alvo de testes no Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e em localidades de periferia, como Barreirinhas, no Maranhão.
 
 
 
 
 
 Postagens
Postagens
 
 
 
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário